segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Bento XVI concede Indulgência plenária por ocasião do Ano da Fé

Por ocasião do Ano da Fé, o Papa Bento XVI concede o dom da Indulgência Plenária. A Santa Sé divulgou nesta sexta-feira, 5, o decreto da Penitenciaria Apostólica com o qual se concede a indulgência.

As disposições estabelecidas pela Penitenciaria Apostólica indicam que podem obter a indulgência os fiéis verdadeiramente arrependidos, que tenham reparado os próprios pecados com a penitência sacramental e elevado orações segundo as intenções do Sumo Pontífice. Isso deacordo com as seguintes situações:

- toda vez que participarem de pelo menos três momentos de pregações durante as Santas Missões, ou de pelo menos três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou local idôneo;

- toda vez que visitarem em forma de peregrinação uma Basílica Papal, um catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um local sagrado designado pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, e ali participarem de alguma função sagrada ou se detiverem para um tempo de recolhimento, concluindo com a oração do Pai-Nosso, o Credo, as invocações a Nossa Senhora e, de acordo com o caso, aos Santos Apóstolos ou Padroeiros;

- toda vez, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, em algum local sagrado participarem de uma solene celebração eucarística ou da Liturgia das Horas, acrescentando a Profissão de Fé em qualquer forma legítima;

- um dia livremente escolhido, durante o Ano da Fé, para a visita do batistério ou de outro lugar no qual receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas batismais em qualquer fórmula legítima.

Aos idosos, doentes e a todos os que por motivos legítimos não puderem sair de casa, concede-se de igual modo a Indulgência plenária nas condições de costume. Isso se unidos com o espírito e com o pensamento aos fiéis presentes, especialmente nos momentos em que as palavras do Pontífice ou dos Bispos Diocesanos forem transmitidas pela televisão ou pelo rádio, recitarem na própria casa ou onde estiverem o Pai-Nosso, o Credo e outras orações conformes as finalidades do Ano da Fé, oferecendo seus sofrimentos ou as dificuldades da própria vida.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Bento XVI dedica Jornada Mundial das Comunicações 2013 ao tema Redes Sociais


VATICANO, 29 Set. 12 / 03:24 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Bento XVI escolheu como tema para a 47ª Jornada Mundial das Comunicações Sociais, no contexto da celebração do Ano da Fé, às "Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços para a evangelização".
Esta reflexão responde a que um dos desafios atuais mais importantes é precisamente a evangelização em um ambiente cada vez mais digital, no qual se desenvolveram e adquiriram uma grande popularidade as redes sociais, impactando na comunicação e nas relações interpessoais.
As inquitudes expostas ante esta situação incluem se a tecnologia pode ajudar aos homens a encontrar a Cristo na fé. A necessidade de apresentar o Evangelho como resposta perene à exigência humana de sentido e de fé, deve emergir e abrir-se caminho através de Internet.
A proposta é humanizar e vitalizar o mundo digital, para usar Internet não como um “meio” de evangelização, mas evangelizar tendo em conta que a vida do homem moderno também se expressa na rede.
A Jornada Mundial das Comunicações Sociais, a única estabelecida do Concílio Vaticano II, celebra-se anualmente no domingo anterior à festa do Pentecostes, que este ano será no dia 12 de maio de 2013.
A mensagem do Papa Bento XVI para esta jornada se publicará em 24 de janeiro, com ocasião da festa de São Francisco de Sales, patrono dos jornalistas.

sábado, 30 de junho de 2012

SOLENIDADE DOS SANTOS PEDRO E PAULO


HOMILIA DO PAPA BENTO XVI


Sexta-feira, 29 de Junho de 2012

Venerados Cardeais,
Amados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!



Reunimo-nos à volta do altar para celebrar solenemente os Apóstolos São Pedro e São Paulo, Padroeiros principais da Igreja de Roma. Temos conosco os Arcebispos Metropolitas nomeados durante os últimos doze meses, que acabaram de receber o pálio: a eles dirijo, de modo especial e afetuoso, a minha saudação. E, enviada por Sua Santidade Bartolomeu I, está presente também uma eminente Delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, que acolho com gratidão fraterna e cordial. Em espírito ecuménico, tenho o prazer de saudar, e agradecer pela sua participação, «The Choir of Westminster Abbey», que anima a Liturgia juntamente com a Capela Sistina. Saúdo também os Senhores Embaixadores e as Autoridades civis: a todos agradeço pela presença e a oração.

À frente da Basílica de São Pedro, como todos bem sabem, estão colocadas duas estátuas imponentes dos Apóstolos Pedro e Paulo, facilmente identificáveis pelas respectivas prerrogativas: as chaves na mão de Pedro e a espada na mão de Paulo. Também na entrada principal da Basílica de São Paulo Extra-muros, estão conjuntamente representadas cenas da vida e do martírio destas duas colunas da Igreja. Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo. Mas, a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De facto, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma. E poder-se-ia, continuando em tema de fraternidade, pensar ainda noutro paralelismo antitético formado com o primeiro par bíblico de irmãos: mas, enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava. Só o seguimento de Cristo conduz a uma nova fraternidade: esta é, para cada um de nós, a primeira e fundamental mensagem da Solenidade de hoje, cuja importância se reflete também na busca da plena comunhão, à qual anelam o Patriarca Ecuménico e o Bispo de Roma, bem como todos os cristãos.

Na passagem do Evangelho de São Mateus que acabamos de ouvir, Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende confiar-lhe, ou seja, a de ser a «pedra», a «rocha», o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja (cf. Mt 16, 16-19). Mas, de que modo Pedro é a rocha? Como deve realizar esta prerrogativa, que naturalmente não recebeu para si mesmo? A narração do evangelista Mateus começa por nos dizer que o reconhecimento da identidade de Jesus proferido por Simão, em nome dos Doze, não provém «da carne e do sangue», isto é, das suas capacidades humanas, mas de uma revelação especial de Deus Pai. Caso diverso se verifica logo a seguir, quando Jesus prediz a sua paixão, morte e ressurreição; então Simão Pedro reage precisamente com o ímpeto «da carne e do sangue»: «Começou a repreender o Senhor, dizendo: (...) Isso nunca Te há-de acontecer!» (16, 22). Jesus, por sua vez, replicou-lhe: «Vai-te daqui, Satanás! Tu és para Mim uma ocasião de escândalo...» (16, 23). O discípulo que, por dom de Deus, pode tornar-se uma rocha firme, surge aqui como ele é na sua fraqueza humana: uma pedra na estrada, uma pedra onde se pode tropeçar (em grego, skandalon). Por aqui, se vê claramente a tensão que existe entre o dom que provém do Senhor e as capacidades humanas; e aparece de alguma forma antecipado, nesta cena de Jesus com Simão Pedro, o drama da história do próprio Papado, caracterizada precisamente pela presença conjunta destes dois elementos: graças à luz e força que provêm do Alto, o Papado constitui o fundamento da Igreja peregrina no tempo, mas, ao longo dos séculos assoma também a fraqueza dos homens, que só a abertura à ação de Deus pode transformar.

E no Evangelho de hoje sobressai, forte e clara, a promessa de Jesus: «as portas do inferno», isto é, as forças do mal, «non praevalebunt», não conseguirão levar a melhor. Vem à mente a narração da vocação do profeta Jeremias, a quem o Senhor diz ao confiar-lhe a missão: «Eis que hoje te estabeleço como cidade fortificada, como coluna de ferro e muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e de seus chefes, dos sacerdotes e do povo da terra. Far-te-ão guerra, mas não hão-de vencer - non praevalebunt -, porque Eu estou contigo para te salvar» (Jr1, 18-19). Na realidade, a promessa que Jesus faz a Pedro é ainda maior do que as promessas feitas aos profetas antigos: de facto, estes encontravam-se ameaçados por inimigos somente humanos, enquanto Pedro terá de ser defendido das «portas do inferno», do poder destrutivo do mal. Jeremias recebe uma promessa que diz respeito à sua pessoa e ministério profético, enquanto Pedro recebe garantias relativamente ao futuro da Igreja, da nova comunidade fundada por Jesus Cristo e que se prolonga para além da existência pessoal do próprio Pedro, ou seja, por todos os tempos.
Detenhamo-nos agora no símbolo das chaves, de que nos fala o Evangelho. Ecoa nele o oráculo do profeta Isaías a Eliaquim, de quem se diz: «Porei sobre os seus ombros a chave do palácio de David; o que ele abrir, ninguém fechará; o que ele fechar, ninguém abrirá» (Is 22, 22). A chave representa a autoridade sobre a casa de David. Entretanto, no Evangelho, há outra palavra de Jesus, mas dirigida aos escribas e fariseus, censurando-os por terem fechado aos homens o Reino dos Céus (cf. Mt 23, 13). Também este dito nos ajuda a compreender a promessa feita a Pedro: como fiel administrador da mensagem de Cristo, compete-lhe abrir a porta do Reino dos Céus e decidir se alguém será aí acolhido ou rejeitado (cf. Ap 3, 7). As duas imagens – a das chaves e a de ligar e desligar – possuem significado semelhante e reforçam-se mutuamente. A expressão «ligar e desligar» pertencia à linguagem rabínica, aplicando-se tanto no contexto das decisões doutrinais como no do poder disciplinar, ou seja, a faculdade de infligir ou levantar a excomunhão. O paralelismo «na terra (...) nos Céus» assegura que as decisões de Pedro, no exercício desta sua função eclesial, têm valor também diante de Deus.

No capítulo 18 do Evangelho de Mateus, consagrado à vida da comunidade eclesial, encontramos outro dito de Jesus dirigido aos discípulos: «Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu» (Mt 18, 18). E na narração da aparição de Cristo ressuscitado aos Apóstolos na tarde da Páscoa, São João refere esta palavra do Senhor: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos» (Jo 20, 22-23). À luz destes paralelismos, é claro que a autoridade de «desligar e ligar» consiste no poder de perdoar os pecados. E esta graça, que despoja da sua energia as forças do caos e do mal, está no coração do mistério e do ministério da Igreja. A Igreja não é uma comunidade de seres perfeitos, mas de pecadores que se devem reconhecer necessitados do amor de Deus, necessitados de ser purificados através da Cruz de Jesus Cristo. Os ditos de Jesus sobre a autoridade de Pedro e dos Apóstolos deixam transparecer precisamente que o poder de Deus é o amor: o amor que irradia a sua luz a partir do Calvário. Assim podemos compreender também por que motivo, na narração evangélica, à confissão de fé de Pedro se segue imediatamente o primeiro anúncio da paixão: na verdade, foi com a sua própria morte que Jesus venceu as forças do inferno; com o seu sangue, Ele derramou sobre o mundo uma torrente imensa de misericórdia, que irriga, com as suas águas salutares, a humanidade inteira.

Queridos irmãos, como recordei no princípio, a iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: «Combati o bom combate» (2 Tm 4, 7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja.

Amados Metropolitas, o pálio, que vos entreguei, recordar-vos-á sempre que estais constituídos no e para o grande mistério de comunhão que é a Igreja, edifício espiritual construído sobre Cristo como pedra angular e, na sua dimensão terrena e histórica, sobre a rocha de Pedro. Animados por esta certeza, sintamo-nos todos juntos colaboradores da verdade, que – como sabemos – é una e «sinfónica», exigindo de cada um de nós e das nossas comunidades o esforço contínuo de conversão ao único Senhor na graça de um único Espírito. Que nos guie e acompanhe sempre no caminho da fé e da caridade, a Santa Mãe de Deus. Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!

Amém.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Catequese do Papa Bento XVI sobre Santo Antônio

Queridos irmãos e irmãs,

após ter apresentado, há duas semanas, a figura de Francisco de Assis, nesta manhã eu gostaria de falar de outro santo que pertence à primeira geração dos Frades Menores: Antônio de Pádua, ou, como também é chamado, de Lisboa, referindo-se à sua cidade natal. Se trata de um dos santos mais populares em toda a Igreja Católica, venerado não somente em Pádua, onde foi erguida uma basílica esplêndida que contém seus restos mortais, mas em todo o mundo. São importantes para os fiéis as imagens e as estátuas que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus nos braços, em memória de uma aparição milagrosa mencionada por algumas fontes literárias.

Antônio contribui de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus marcados dons de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, de fervor místico.

Ele nasceu em uma família nobre de Lisboa, em torno de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Entrou para os cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiro no mosteiro de San Vincenzo, em Lisboa, e depois no de Santa Cruz, em Coimbra, um renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e preocupação ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que começou a frutificar na atividade de ensino e pregação.

Em Coimbra, aconteceu o episódio que imprimiu um ponto de retorno em sua vida: ali, em 1220, foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos que viajaram para o Marrocos, onde encontraram o martírio. A história fez nascer no jovem Fernando o desejo de imitá-los e avançar no caminho da perfeição cristã: ele, então, pediu para deixar os Agostinianos e se tornar Frade Menor. O seu pedido foi aceito e, após receber o nome de Antônio, também partiu para o Marrocos, mas a Providência divina dispôs o contrário.

Na sequência de uma doença, foi forçado a voltar para a Itália e, em 1221, participou do famoso "Capítulo das Esteiras", em Assis, onde também se encontrou com São Francisco. Mais tarde, ele viveu por um tempo na obscuridade total em um convento perto de Forli, no norte da Itália, onde o Senhor o chamou para outra missão. Convidado, por circunstâncias completamente casuais, para pregar em ocasião da ordenação de um padre, mostrou ser dotado de tal ciência e eloquência que seus superiores lhe destinaram à pregação. Começou sua missão na Itália e na França, uma atividade apostólica tão intensa e eficaz que induziu muitas pessoas que haviam se separado da Igreja a refazer seus passos. Também foi um dos primeiros professores de Teologia dos Frades Menores, se não o primeiro. Começou a ensinar em Bolonha, com a bênção de São Francisco, que, reconhecendo as virtudes de Antônio, lhe enviou uma breve carta, iniciada com estas palavras: "Me apraz que goste de ensinar teologia aos frades". Antônio lançou as bases da Teologia franciscana, que, cultivadas pela figura de outros proeminentes pensadores, encontraram seu auge com São Boaventura e o Beato Duns Scoto.

Tornou-se superior provincial dos Frades Menores no norte da Itália, continuou o ministério de pregação, alternando-o com as funções de governo. Concluído o encargo de Provincial, retirou-se para perto de Pádua, onde tinha ido em outras ocasiões. Depois de apenas um ano, morreu às portas da cidade, em 13 de junho de 1231. Pádua, que o recebeu com afeto e veneração em vida, sempre lhe atribuiu honra e devoção. O próprio Papa Gregório IX, que depois de ouvi-lo pregar o tinha definido como "Arca da Aliança", lhe canonizou apenas um ano após sua morte, em 1232, em sequência aos milagres atribuídos à sua intercessão.

No último período de vida, Antônio começou a escrever dois ciclos de Sermões, intitulados respectivamente Sermões Dominicais e Sermões sobre o Santos, destinados aos pregadores e professores de estudos teológicos da Ordem Franciscana. Nessas obras, ele comenta os textos das Escrituras apresentados pela liturgia, utilizando a interpretação patrístico-medieval dos quatro sentidos: o literal ou histórico; o alegórico ou cristológico; o tropológico ou moral e o anagógico, que conduz à vida eterna. [...] Se trata de textos teológico-homiléticos, que retomam a pregação viva, na qual Antônio oferece um verdadeiro itinerário de vida cristã. É tanta a riqueza dos ensinamentos espirituais contidos em Sermões que o Venerável Papa Pio XII, em 1946, proclamou Antônio Doutor da Igreja, dando-lhe o título de "Doutor Evangélico", porque seus escritos mostram o frescor e a beleza do Evangelho e, hoje, podemos lê-los com grande benefício espiritual.

Neles, Antônio fala da oração como uma relação de amor, que impele o homem a falar suavemente com o Senhor, criando uma alegria indescritível, que suavemente envolve a alma em oração. Antônio lembra-nos que a oração exige um clima de silêncio, que não coincide com a separação do ruído exterior, mas é experiência interior, que visa eliminar as distrações causadas pelas preocupações da alma, criar silêncio na própria alma. Segundo o ensinamento do eminente Doutor franciscano, a oração está dividida em quatro estágios essenciais, que, no latim de Antônio, são definidos: obsecratio; oratio; postulatio; gratiarum actio. Poderíamos traduzir assim: abrir confiadamente o próprio coração a Deus; falar afetuosamente com Ele; apresentar-Lhe as nossas necessidades; louvá-Lo e agradecê-Lo.

Neste ensinamento de Santo Antônio sobre a oração, colhemos um dos traços específicos da teologia franciscana, da qual ele foi o iniciador, que é o papel atribuído ao amor divino, que entra na esfera dos afetos, da vontade, do coração e que também é a fonte de onde brota o conhecimento espiritual, que excede todo o entendimento [...].

Antônio escreve: "O amor é a alma da fé, a faz viva; sem amor, a fé morre" (Sermones Dominicales et Festivi II, Messaggero, Padova 1979, p. 37).

Apenas uma alma que reza pode fazer progresso na vida espiritual: este é o objeto privilegiado da pregação de Santo Antônio. Ele conhece bem as falhas da natureza humana, nossa tendência de cair em pecado, por isso, apela constantemente para lutarmos contra a inclinação para a ganância, o orgulho, a impureza e, ao contrário, praticar as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, castidade e pureza. No início do século XIII, no contexto do renascimento da cidade e do florescimento do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres. Por isso, Antônio repetidamente convida os fiéis a pensar sobre a verdadeira riqueza, aquela do coração, que torna o homem bom e misericordioso e faz acumular tesouros para o céu. "O rico - assim exorta -, fá-los amigos; os pobres, acolhei-os em vossas casas: serão, pois, eles, os pobres, a recebê-nos nos tabernáculos eternos, onde existe a beleza da paz, da confiança, da segurança e a opulência da tranquilidade, da saciedade eterna" (Ibid., p. 29).

Não é exatamente isso, queridos amigos, um ensinamento muito importante e atual também hoje, quando a crise financeira e graves desequilíbrios econômicos empobrecem muitas pessoas e criam condições de miséria? Na minha Encíclica Caritas in veritate recordo: "A economia precisa de ética para o seu correto funcionamento, não de qualquer ética, mas a ética amiga da pessoa" (n. 45).

Antônio, na escola de Francisco, sempre coloca Cristo no centro da vida e do pensamento, da ação e da pregação. Essa é outra característica típica da teologia franciscana: o cristocentrismo. Alegremente, isso contempla e nos convida a contemplar os mistérios da humanidade do Senhor, do homem Jesus, em especial o mistério da Natividade [...] que desperta sentimentos de amor e gratidão para com a bondade de Deus [...].

Também a visão do Crucificado lhe inspira pensamentos de gratidão a Deus e de respeito pela dignidade da pessoa humana, de modo que todos, crentes e não crentes, possam encontrar  ali um significado que enriquece suas vidas. Antônio escreve: "Cristo, que é a tua vida, está pendurado frente a ti, para que tu olhes para a cruz como em um espelho. Lá, poderás conhecer quão mortais foram as tuas feridas, que nenhum medicamento poderia ter curado, se não o sangue do Filho de Deus. Se olhares com atenção, poderá perceber o quão grande é a tua dignidade humana e o teu valor. [...] Em nenhum outro lugar o homem pode perceber melhor o quanto ele vale do que olhando no espelho da cruz" (Sermones Dominicales et Festivi III, p. 213-214).

Meditando estas palavras, podemos entender melhor a importância da imagem do Crucificado para a nossa cultura, pois o nosso humanismo nasce da fé cristã [...].

Queridos amigos, possa Antônio de Pádua, tão venerado pelos fiéis, interceder por toda a Igreja e, especialmente, por aqueles que se dedicam à pregação. Esses, inspirados pelo seu exemplo, tenham o cuidado de unir sólida e sã doutrina, piedade sincera e fervorosa, incisividade na comunicação. Nesse Ano Sacerdotal, oremos para que os sacerdotes e diáconos executem com solicitude este ministério de anunciar e atualizar a Palavra de Deus aos fiéis, especialmente através da homilia litúrgica. Seja ela uma apresentação eficaz da beleza eterna de Cristo, assim como Antônio recomendava: "Se pregar Jesus, ele derrete os corações duros; se O invocar, adoça as amargas tentações; se pensar nele, ilumina teu coração; se O lê, ele te sacia a mente" (Sermones Dominicales et Festivi III, p. 59).

quarta-feira, 6 de junho de 2012

História da Festa de Corpus Christi

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No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo, a exposição e bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, priora da Abadia, foi escolhida, por Deus para criar esta Festa. A santa desde jovem teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. Esperava que algum dia tivesse uma festa especial ao Sacramento da Eucaristia. Este desejo, conforme a tradição foi intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou esta imagem a Dom Roberto de Thorete, bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, mais tarde o Papa Urbano IV. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte, na quinta-feira após à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costumes e o levou por toda atual Alemanha.
Certa vez, quando o padre Pedro de Praga, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.
O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou os fiéis caminhando na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Ainda hoje se conservam, em Orvieto, os corporais onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
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Instituição da Festa
O Santo Padre movido pelo prodígio, e pelo pedido de vários bispos, fez com que se estendesse a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu logo em seguida (2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicando a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no Concílio Geral de Viena (1311) ordenou mais uma vez a adoção desta festa.
Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis, por João XXII, e assim a festa é estendida a toda a Igreja. Na diocese de Colônia na Alemanha, a festa de Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
Procissão

Na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, quando começou as homenagens ao Santíssimo Sacramento a procissão eucarística acontecia só dentro da igreja. Em 1247, aconteceu a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzido na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, o santíssimo seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos.
Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidades

Tapetes, arte e religiosidade
Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.
No dia dedicado ao Corpo de Deus (Corpus Christi), várias cidades brasileiras, organizam procissões, que percorrem as ruas enfeitadas com tapetes. A confecção de tapetes de rua é uma magnífica manifestação de arte popular
Utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, formando desenhos relacionados ao Santíssimo.
Por este tapete passa a procissão, o sacerdote vai á frente carregando o ostensório e em seguida pelas pessoas que participam da festa. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado.

sábado, 2 de junho de 2012

Solenidade da Santíssima Trindade – Ano B


“O Senhor é Deus, e não há outro deus”
(Cf. Dt. 4, 39)
Caríssimos irmãos em Cristo,
Neste domingo celebramos a solenidade da Santíssima Trindade. Ao longo da historia da Igreja este tema de tanta importância para nós cristãos, foi motivo de muitas discursões teológicas. Ao tentar explicar o Mistério da Santíssima Trindade, muitos acabaram caindo em diversas heresias. A Santíssima Trindade é um segredo divino mais importante da Fé que Jesus Cristo nos revelou (Cf. CIC 250-255). Jesus falou de seu Pai, que é Deus; do Espírito Santo, que também é Deus; e afirmou que Ele e o Pai são uma mesma coisa (Cf. Jo. 10,30), porque é o Filho de Deus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um único Deus, não três deuses, pois tem a mesma Natureza Divina, ainda que sendo três Pessoas realmente distintas. Deus é um em essência e trino em pessoas, é a revelação de sua vida íntima, maior e mais profundo de todos os mistérios; além de ser o mistério fundamental de nossa fé e de nossa vida cristã. Temos de procurar conhece-Lo e vive-Lo. O Credo, ou Símbolo que professamos na Missa é a explicação do mistério trinitário: o que Deus é e o que fez por suas criaturas ao cria-las, ao redimi-las e ao santifica-las. Para podermos compreender melhor, compararemos este Mistério com o sol: o sol está no céu e produz luz (que seria o Filho) e calor (que seria O Espirito Santo); a luz e o calor não são distintos do sol. A Trindade é algo parecido: o Filho e o Espírito Santo são duas pessoas iguais em natureza ao Pai, mas é um só Deus. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Três pessoas reais e distintas, mas um único Deus.
No Evangelho de Hoje São Mateus nos indica, por meio das Palavras de Jesus, como podemos entender a ação Trinitária no mundo. Jesus nos fala que, “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt. 28, 18), Jesus é o Filho de Deus, segunda Pessoa da Trindade, por isso que tem toda a autoridade sobre o Céu e a Terra, pois Ele é Deus. No capítulo seguinte mostra a intrínseca relação de amor que existe na Trindade Santa, o seu mandato é que faça tudo em nome das três pessoas, O Pai, o Filho e o Espírito Santo, “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt. 28, 19). Deus é amor nos afirma São João em sua primeira carta (Cf. 1Jo. 4, 8), assim, podemos dizer que a Santíssima Trindade é amor, existe uma relação de amor no seio da trindade. É esse amor que nós experimentamos quando nos aproximamos de Deus. Por isso que São João após ter uma experiência com o Senhor vem nos dizer que Ele é amor e só quem ama pode está com Deus, porque é impossível viver junto ao Senhor e não amar. A experiência de Deus impulsiona o coração do homem ao amor, a caridade, a misericórdia, ao perdão e a justiça.
Desde o Antigo Testamento Deus se revela como o Amor. No decorrer de sua história, Israel pôde descobrir que Deus tinha uma única razão para revelar-se a ele e para tê-lo escolhido dentre todos os povos para ser dele: seu amor gratuito (Cf. CIC 218). E Israel entendeu, graças a seus profetas, que foi também por amor que Deus não cessou de salvá-1o e de perdoar-lhe sua infidelidade e seus pecados. Na primeira leitura deste domingo Moises fala que o YHWH (o Senhor) é o único Deus, “Sabe, pois, agora, e grava em teu coração que o Senhor é Deus, e

que não há outro em cima no céu, nem embaixo na terra” (Dt. 4, 39). Nos fala das grandes maravilhas e prodígios que Ele faz àqueles que são fieis a sua lei, “Observa suas leis e suas prescrições que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e prolongues teus dias para sempre na terra que te dá o Senhor, teu Deus” (Dt. 4, 40). O profeta Isaias nos diz que o “o amor de Deus é eterno” (Is 54,8), nos diz ainda que, “os montes podem mudar de lugar e as colinas podem abalar-se, mas o meu amor não mudará” (Is 54,10). Ainda no Antigo Testamento, encontramos no livro do profeta Jeremias uma belíssima declaração deste amor de Deus por nós, “Eu te amei com um amor eterno, conservei por ti o meu amor” (Jr 31,3).
De fato, já no Novo Testamento, São João vem resumir o amor de Deus em uma só frase, que talvez seja a mais profunda de toda a Sagrada Escritura, porque fala da maior prova de amor que o mundo já viu, “Deus amou tanto o mundo, que entregou seu Filho único, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Na segunda leitura, Paulo nos fala que por meio de Jesus Cristo somos herdeiros dos Céus, isto é, filhos de Deus, “pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus... mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai! O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo” (Rm. 8, 14-17). Podemos perceber que, ao longo de toda a História Salvífica, o amor de Deus era sempre presente e vizinho ao homem que por sua vez, deixava-se ser tocado por este Amor. Por fim, a firmação que nos faz o próprio Jesus no Evangelho de hoje nos enche de alegria, “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt. 28, 20). O Senhor é sempre próximo a nós e nunca nos abandonará por que nos ama e seu amor é eterno. Por isso que o salmista hoje nos diz que, “Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança” (Sl. 32).
Caríssimos! Peçamos a Deus Uno e Trino que venha em nosso auxilio e nos ensine a amar os nossos irmãos na fé, assim como ele mesmo nos ama. Que ajude-nos a sermos sinais do teu amor na nossa casa, no nosso trabalho e na nossa comunidade. Que nesta semana possamos fala a todos que encontramos da revelação mais luminosa da fonte do amor que é o Mistério Trinitário: em Deus, Uno e Trino, há um intercâmbio eterno de amor entre as pessoas do Pai e do Filho, e este amor não é uma energia ou um sentimento, mas uma pessoa, é o Espírito Santo. Que Maria Santíssima, a mãe do Filho de Deus, que sempre fez a vontade de Deus e que com seu Fiat (sim) nos deu Cristo Jesus, possa interceder a seu Filho por nós e nos auxiliar nesta caminhada. Maria Mãe de Deus e da Igreja, rogai por nós. Amém.


Roma, 03 de junho, Solenidade da Santíssima Trindade, do ano do Senhor de 2012.




Acival Vidal de Oliveira
Seminarista 2º de Teologia
Diocese da Estância – SE/Brasil

terça-feira, 29 de maio de 2012

Se livrar da escravidão do Pecado

 
 O pecado é a mais evidente manifestação da carne. Quando se peca, desagrada-se à Deus, e em consequência disso, agrada-se ao diabo. Por isso, quem deseja ser salvo tem que se libertar de todo e qualquer tipo de pecado, além de procurar viver em santidade. O arrependimento consiste em reconhecer os erros e as falhas, juntamente com um sentimento do nojo para com o pecado, se isso não acontecer, então pode ter certeza que cedo ou tarde a pessoa voltará à cair em tentação. Ninguém é tentado além do que possa suportar. A tentação nada mais é do que a sua própria cobiça pelo que é errado. Portanto, quando ela vier, resista à todo custo, louve à Deus, ocupe sua mente, feche os olhos, você deve manifestar uma fé agressiva para se defender da tentação, faça de tudo, mas não cais de jeito maneira, pois após a queda, se levantar novamente é algo bastante difícil, e é todo um processo. Não caia nessa de que você pecou hoje e não aconteceu nada então está tudo bem, não!!! A semente está sendo plantada e logo irá vir a colheita, e você sabe que salário do pecado é a morte. “Sem mim nada podeis fazer” João 15:5. Sem Deus você jamais poderá resistir ao pecado. Você pode tentar lutar e relutar na força do seu braço, mas certamente logo se cansará, então busque à Deus com todas as suas forças. Aquele que pede, recebe, se você pedir ajuda concerteza e sem sombra de dúvidas Deus lhe dará. Sozinho você não irá muito longe. A palavra de Deus é bastante clara à esse respeito. Não se pode, de maneira nenhuma apressar os passos para o pecado, pois a carne é fraca, não se pode subestimá-la. Existem aquelas pessoas que se sentem tão fortes que chegam ao ponto de pensarem ser invencíveis e que jamais poderia cair. Quanto à esses, a palavra de Deus diz: Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuida para que não caia (I coríntios 10:12).
Por: Renato Alves - ministro da cominicação