sábado, 31 de março de 2012

Domingo de Ramos

Eis que aí te vem o teu Rei, manso e montado em um jumento”
(Mt 21,5)

Caríssimos irmãos,

Depois quatro semanas de oração e penitência chegamos ao cume do tempo da Quaresma. Assim como o povo de Deus, que por quarenta anos no deserto, se preparavam para chegar à terra prometida, também nos preparamos estes quarenta dias para meditarmos mais uma vez a Paixão, de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estes três momentos é o centro da pregação dos Apóstolos. Com o domingo de ramos inicia a Semana Santa, momento que relembramos por meio das celebrações litúrgicas o Tríduo Pascoal, isto é, Paixão, Morte e ressurreição de Jesus (que faz parte do Kerígma anunciado às primeiras comunidades).
Jesus é apresentado pelos evangelistas como o Messias prometido por Deus aos judeus. O povo de Israel esperava ansioso o Filho de Davi para “fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo” (Dn. 9, 24-25). Para libertar-lhe das mãos dos romanos e trazer de volta a paz. Mas Jesus não é nenhum revolucionário como pesava os judeus. Não é nenhum “Zelota” que se rebelará contra Roma. Pelo contrário, será manso e humilde e se apresentará com vestes pobres e de aparência modesta. É essa a imagem que encontramos no Evangelho de São Mateus, “Eis que aí te vem o teu Rei, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga” (Mt 21,5; Cf. Zc 9,9). A verdadeira libertação que o Cristo traz é a do pecado, “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53, 12), Ele liberta o homem das algemas do pecado e da morte.
Jesus Cristo entra em Jerusalém montado em um jumento, rodeado por pessoas que entoa hinos e traz ao invés de espadas ramos de oliveira. É aclamado como “bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” (Mt 21, 9). Podemos observar dois detalhes os quais relata São Mateus no inicio deste capítulo, “Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-o, e trazei-lo. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei: O Senhor precisa dele; e logo o devolverá” (Mt 21,1-3). A primeira coisa a levarmos em consideração é que naquela época só tinha a autoridade de confiscar ou tomar um bem particular eram os reis. Qualquer outro que tentasse fazer algo parecido estaria roubando. Neste simples gesto Cristo revela ser o Messias, se coloca como um senhor, um soberano, o rei de Israel. Outro fato importante e que não devemos deixar passar despercebido é a escolha de entrar em Jerusalém de jumento. O meio de transporte utilizado pelo rei Davi era um jumento. Assim Cristo se apresenta como o Novo Davi, o novo soberano que reinará para sempre sobre Israel.
O reino de Cristo é fundado sobre a justiça e o amor. Jesus é acolhido pelo povo de Jerusalém como um profeta “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia” (Mt 21, 11). Na verdade é mais de que um profeta é o Verbo de Deus feito homem, é cumprimento do que foi anunciado pelos profetas e plenitude de toda a revelação. É por isso que Daniel diz que Ele vem selar a visão e a profecia. Cristo Jesus traz ao mundo a salvação, faz acessível ao homem o Reino do Céu e por sua morte de cruz nos liberta de todo pecado, nos purifica e nos transforma em herdeiro do seu Reino.
A realeza do Filho de Deus é motivo de zombaria para os guardas de Pilatos Salve o Rei dos judeus!” (Mt 27, 29). O Rei de Israel tem ao invés de uma capa real um simples manto escarlate (Cf. Mt 27, 28), no lugar da coroa de ouro traz uma coroa de espinhos (Mt ,27, 29), na mão não porta o cedro real, de ouro maciço que trazia os reis da época, mas tem uma simples vara na sua mão direita (Cf. Mt. 27) como trono lhes dão a Cruz. Assim é apresentado o Filho do Homem, o Rei dos reis. De fato, Ele disse que seu reino não era deste mundo (Cf. Jo 18, 36). O Reino de Jesus não pode ser compreendido por quem não é da verdade, isto é, quem é de Deus. Só quem é de Deus pode escuta a voz do Senhor, já dizia o salmista, “hoje, não fecheis os vossos corações, mas escutem a voz do Senhor”. É preciso abrir os nossos corações para deixar a luz da Verdade, que é Jesus o Logos (a Palavra de Deus), entrar e assim poder ser iluminados por Ela.
Que nesta Semana Santa possamos abrir as portas do nosso coração, para que o Senhor Jesus possa entrar e estabelecer ali seu Reino. Busquemos nos aproximar de Deus (por meio dos sacramentos, confissão, Eucaristia...), para que seja possível ouvir a voz de Cristo que clama em nós. Que este tempo de oração e penitência possa despertar em nós o desejo de seguir a Cristo, tomar as nossas cruzes e acompanha-lo pela “Via cruz”, certo de que ressurgiremos com Ele no Reino dos Céus.


Roma, 01 de abril, Domingo de Ramos, do ano do Senhor de 2011



Acival Vidal de Oliveira
Diocese de Estancia-Se
Brasil



quarta-feira, 28 de março de 2012

Evangelização e Diálogo

Até hoje a intolerância encontra guarida em muitos corações

O servo de Deus Papa Paulo VI, de saudosa memória, ofereceu à Igreja, no ano de 1975, a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, a respeito da evangelização no mundo contemporâneo. Quando muitos se perguntavam, por influência de correntes de pensamento já dominantes naquele período, a respeito do lugar da religião e da Igreja, esta se redescobriu na missão evangelizadora. A palavra do Papa fez os cristãos deixarem de olhar para o espelho, mirando seus próprios defeitos ou qualidades, para se voltarem para frente e para o alto, descobrindo que cada geração tem a mesma responsabilidade de anunciar o nome de Jesus Cristo.

Ainda no Antigo Testamento, um profeta chamado Jonas (cf. Jn 1,1-3,10) recebeu de Deus a difícil tarefa de anunciar a conversão. Sua primeira reação foi a fuga, pois lhe parecia muito complicado enfrentar Nínive que “era uma cidade fabulosamente grande, do tamanho de uma caminhada de três dias” (Jn 3,3). Depois de um naufrágio e a aventura “no ventre do peixe”, aceita pregar ao povo de Nínive. Se Deus queria que anunciasse a conversão, o profeta anuncia destruição. E o povo entende conversão! O resultado foi uma grande tristeza para o profeta: “Jonas ficou, então, muito amargurado e irritado. E assim orou ao Senhor: “Ah, Senhor! Não era isso mesmo o que eu dizia quando estava na minha terra? Foi por isso que eu corri, tentando fugir para Társis, pois eu sabia que és um Deus bondoso demais, sentimental, lerdo para ficar com raiva, de muita misericórdia e tolerante com a injustiça” (Jn 4,1-2).

Até hoje a intolerância encontra guarida em muitos corações. Correm pelo mundo pressões sobre a Igreja, reações negativas às iniciativas de diálogo e partilha com quem pensa diferente, como se não tivesse acontecido a revelação de Jesus Cristo, Verbo de Deus encarnado. Deus teve muita paciência com o povo antigo, cujos ideais e métodos muitas vezes incluíram levar à perdição os inimigos. O Senhor Jesus nos convidou a dar a outra face, quando se recebe um golpe, andar dois mil passos a mais com alguém e dar a capa a quem tirar o manto. A experiência vivida por Jonas é anunciadora de métodos novos e verdadeiramente revolucionários. Trata-se da revolução do Evangelho.

Depois da prisão de João Batista, Jesus iniciou a pregação do Evangelho. Seu convite é provocante: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,14-20). Converter-se é mudar de mentalidade, enxergar a realidade a partir de um ângulo diferente. Os primeiros discípulos chamados por Jesus e os de todos os tempos, nos quais estamos contemplados, deverão seguir Jesus, aprender com seus gestos, acolher junto com ele os fracos e pecadores, para chegarem a reconhecê-lo como Filho de Deus.

Os desafios à evangelização em nosso tempo são muito grandes, mas o Espírito Santo, como sempre fez, conduz a Igreja de Cristo, servidora do Evangelho, anunciadora da salvação. A Igreja Católica no Brasil identificou algumas exigências para exercer a tarefa evangelizadora (cf. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 134-15). O serviço, que se concretiza especialmente na dimensão sócio-transformadora, com toda a presença histórica da Igreja, na atenção aos pobres e na promoção humana. Valem todos os esforços dos cristãos e das instituições ligadas à Igreja para concretizar a caridade. Isso é evangelização. 

Outro passo é o diálogo, que se concretiza na dimensão ecumênica e do diálogo religioso, assim como no relacionamento respeitoso e construtivo com todas as forças da sociedade civil. E no coração da missão evangelizadora se encontra a exigência do anúncio explícito do nome de Jesus Cristo, que se concretiza na dimensão missionária, através da qual os cristãos hão de chegar até os confins da terra. É a razão de ser da Igreja. Enfim, o testemunho da comunhão, que se concretiza na dimensão comunitário-participativa, a vida das comunidades de Igreja, o relacionamento entre as pessoas de fé, realizando a palavra de Jesus: “Que todos sejam um, para que o mundo creia” (Jo 17,21).

Por onde começar? Segundo as situações e ambientes, a evangelização pode se iniciar com o diálogo ou o serviço silencioso da caridade. Outras pessoas sentir-se-ão atraídas por uma comunidade viva, na qual todos se amam. A pregação explícita do Evangelho pode ser para muitos o primeiro passo. Vale a pena perguntar-nos sobre o caminho que o Espírito Santo usou conosco!
A Igreja não tem medo dos desafios, porque sabe que é acompanhada pelo Espírito Santo de Deus, penhor das promessas de Jesus. Para continuar sua peregrinação evangelizadora, pede ao Pai do Céu: “Dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras”. A melhor delas é que a luz do Evangelho chegue a todos os homens e mulheres de nosso tempo!

sábado, 24 de março de 2012

Parabéns pra você!



Parabénss meu coordenador!!!!


Hoje é um dia todo especial... Hoje é o seu aniversário Um dia em que você dá mais um passo Para novos caminhos e conquistas, Um dia marcante em sua coração. Saiba que você é uma boa parte da minha vida A parte de alegrias. Você me ajudou a sorrir E hoje desejo não só um sorriso seu Mas um grito de felicidade. Desejo que você Ainda dê muitos passos E conquiste seus objetivos, Pois capacidade para isso Não lhe falta. E que você tenha sempre A felicidade em seu olhar Não só neste dia Mas em toda sua vida. E é com todo carinho e sinceridade Que eu te digo: Parabéns Meu Amigo!!! 

VC MERECE MUITO + POR ISSO SÓ DEUS MSM PRA TE DAR TD Q VC MERECE!!! ABRSSSS