quarta-feira, 26 de março de 2014

A Docilidade na Comunicação

 

Docilidade: s.f. Qualidade do que é dócil; afabilidade; brandura.

(Aurélio Online, 2008-2014)

 

Ser dócil é ser obediente, é ser fácil de ser conduzido. É aquele que aprende com facilidade. Mas que desafio é ser dócil ao Espírito Santo, não é? Se aprender já é, por vez, complicado, imagina aprender com facilidade. Mas, como Deus nos ama tanto, nos concede esta graça de entender aquilo que Ele quer.
Quando vemos alguém na rua, geralmente conhecido, nós nos comunicamos com ele através de uma saudação, um sorriso, um gesto, um aceno. Ou, se ainda mais próximo, através de uma rápida ou longa conversa. Mas, o que vem a ser comunicação?

Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações, modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas. Sem a comunicação, cada um de nós seria um mundo isolado. (...) Quem comunica é a fonte e, do outro lado, está o receptor. O que se comunica é a mensagem. (VASCONCELOS, 2009)

Somos convidados, como autênticos cristãos e missionários evangelizadores, a levar Deus ao próximo. Como nosso Deus é providente, nos concedeu a graça da comunicação, meio pelo qual podemos evangelizar. Como citado acima, o que se comunica é a mensagem. E então, qual a mensagem hoje que você quer anunciar? Qual a mensagem que você precisa levar aos corações sedentos?
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. (Cf. Mc 16, 15)
Que possamos ser dóceis ao Espírito Santo, para que entendamos aquilo que Ele quer utilizar para a nossa evangelização através da comunicação, seja ela por meio físico ou social.
Deus os abençoe!

Kathleen Tácila

Ministra do Acolhimento

quarta-feira, 19 de março de 2014

Tráfico Humano: um brado aos céus por socorro divino



A Campanha da Fraternidade de 2014, preconizada pela CNBB, trata a temática da “Fraternidade e Tráfico Humano”, evidenciando, entre outras modalidades perversas, a exploração sexual infanto-juvenil e adulta, sobretudo de mulheres enganadas em busca de melhores condições de vida; a extração de órgãos comercializados a preço de ouro e a exploração para o trabalho escravo.
Os roteiros do tráfico humano seguem esquemas paralelos aos do crime organizado, envolvendo transações bilionárias que chegam a faturar, anualmente, 32 bilhões de dólares. A vida mercantilizada expressa a realidade da sociedade de consumo que endeusa as coisas e usa as pessoas, reduzidas a insumos comerciais, úteis e descartáveis. A inversão de valores éticos leva a negação e ao desprezo à dignidade do ser humano. Os padrões de felicidade divulgados por grupos financistas e pela propaganda paga confundem os sentimentos e a índole das pessoas.
Pelo ponto de vista individualista, a busca da felicidade sugere que eu use alguém enquanto ele/ela me satisfaça. Depois eu a descarto como objeto inútil ou a elimino como queima de arquivo. Muitas pessoas e famílias não recebem adequada formação de caráter, baseado nos valores éticos e morais. Consequentemente, não se consegue transmitir esses valores as novas gerações. O que fazer para resgatar a dignidade perdida de milhares de pessoas que foram vítimas das formas mais perversas de escravidão? Se fosse considerada isoladamente, nenhuma instituição teria uma infraestrutura capaz de encaminhar soluções, enfrentando diversas situações envoltas em fatores complexos.
É indispensável unir esforços e integrar os meios disponíveis pelas instituições na corresponsabilidade que incumbe a todos: União, governos estaduais e municipais, polícias, conselhos de cidadania, voluntariado, clubes de serviço, Igrejas, movimentos sociais. Todos nós aprendamos a enfrentar os conflitos, tentando reverter situações da escravatura, através de políticas públicas assumidas em parceria. A raiz da violência é o egoísmo e ausência de amor a Deus e ao próximo. Perdidos os valores referenciais da fé e da prática da justiça, alguém chega a degradar o ser humano, legitimando expedientes que bradam aos céus por socorro divino. Disque 123 para pedir informações, para denunciar crimes e fazer parte do encaminhamento das soluções às vítimas!

Dom Aldo Pagotto
Arcebispo da Paraíba
Reinan Barbosa

Ministro do Acolhimento

quarta-feira, 12 de março de 2014

A ORAÇÃO É ESSENCIAL PARA QUE A NOSSA ALMA, PARA QUE O NOSSO ESPÍRITO, TENHA COMUNHÃO COM DEUS NOSSO PAI.

"[Pai nosso, que estais nos céus] Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”                                         (Mt 6,12-13)

   Um dos pilares desse tempo de graça que vivemos agora, chamado de Quaresma, é a oração o nosso modo de nos relacionarmos profundamente com Deus. A oração é essencial para que a nossa alma, para que o nosso espírito, tenha comunhão com Deus Nosso Pai.
    Às vezes, as pessoas perguntam: “Mas como é que se faz oração? Como é que se ora, que se reza? Como é que se fala com Deus?” Foi a mesma pergunta que fizeram para Jesus e Ele, como nosso modelo, como o Homem orante por excelência, nos ensina a rezar. O Pai-Nosso não é uma fórmula para ser repetida; o Pai-Nosso é o jeito, a maneira, o modo como nós devemos orar: é uma oração de conclusão das orações que nós fazemos.
  No entanto, as nossas orações devem ter estes três elementos: Primeiro: é reconhecer que Ele é Pai de todos nós e, uma vez que reconhecemos que Ele é Pai meu, é Pai seu, é Pai nosso, nós exaltamos o nome do Nosso Pai, nós glorificamos e santificamos o nome do Senhor Nosso Deus.
  Segundo: E o modo de santificar, de glorificar e exaltar esse Deus é pedindo que a Sua presença se manifeste e se faça viva no meio de nós. Assim como nós pedimos que o Seu nome seja glorificado, nós pedimos também que Ele conceda a nós o pão de cada dia, mas não é pedir o pão para a “minha” casa, para a “minha” família, para a “minha” fome, mas sim pedir para que esse pão seja nosso! Porque se o Pai é Pai de todos, o pão que Ele nos dá é para todos nós. 
  E terceiro: pedimos ali de uma forma insistente ao coração de Deus: ”Quebre o nosso coração do egoísmo, das injustiças e nos ajude a partilhar o pão que nós temos em nossa mesa com aqueles que não têm!”. Ao mesmo tempo nós suplicamos ao coração de Deus: ”Perdoe, Senhor, perdoe os nossos pecados, perdoe porque nós somos frágeis!”.
   Não fique nenhum dia, meu irmão, minha irmã, sem reconhecer a sua miséria, o seu pecado, a sua condição de pecador. E da mesma forma como nós pedimos a Deus que nos perdoe é que nós queremos perdoar uns aos outros. Só não perdoa o seu próximo, o seu irmão, quem é orgulhoso e não é capaz de reconhecer o seu próprio erro, a sua própria dívida para com Deus. Senão a nossa oração será uma oração injusta: nós queremos que Deus nos perdoe, mas nós não nos abrimos para perdoar a quem nos ofendeu.
   Que a nossa vida seja uma vida de oração, mas que a nossa oração seja ao nosso ritmo e ao nosso modo de vida!

Homilia do Padre Roger Araújo- Comunidade Canção Nova


Adênia Karen
Ministra do Acollimento

sábado, 1 de março de 2014

"NO SEU VERBO, DEUS DISSE TUDO

65. «Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos pelo seu Filho» (Heb 1, 1-2). Cristo, Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai.
N'Ele, o Pai disse tudo. Não haverá outra palavra além dessa. São João da Cruz, após tantos outros, exprime-o de modo luminoso, ao comentar Heb 1, 1-2:
«Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra – e não tem outra – (Deus) disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou novidade.

JÁ NÃO HAVERÁ OUTRA REVELAÇÃO

66. «Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e já não se há-de esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, apesar de a Revelação já estar completa, ainda não está plenamente explicitada. E está reservado à fé cristã apreender gradualmente todo o seu alcance, no decorrer dos séculos. ”
Catecismo da Igreja Católica (Capítulo II, 65 e 66)

O trecho 65 nos leva a parar e pensar as diversas formas que Deus mostra sua face de bondade não apenas no seu filho, mas através de pessoas aqui na terra. Pode ser com gestos e palavras que chegam exatamente quando precisamos por meio de pessoas cheias de Deus. Isso é exemplo para que nós sejamos cheios de Deus e comunicadores da boa nova com a nossa vida.

E como conseguir isso ser assim? Volte ao trecho 66! Deus revela Cristo a todo o momento para nós e está sempre nos esperando para preencher nossa vida e transformar a nossa história, torná-la nova a cada oração e só assim podemos revelar Deus ao irmão.

Emanuelle Santos
Ministra do Acolhimento