quinta-feira, 21 de agosto de 2014

COMUNICAR É UM ATO DE AMOR
“Ninguém ama aquilo que não conhece”, já dizia um sábio. Somos bombardeados por milhares de informações o tempo todo e repassamos muitas delas, mas muitas vezes esquecemos de levar Deus de formas mais simples e eficazes: por meio de um olhar, um sorriso, um agradecimento sincero àquele desconhecido que, mesmo na correria, te deixou ir primeiro…
Quem teve a oportunidade de estar na JMJ este ano recebeu no “kit peregrino” um livro chamado “Discipulus”. Um de seus capítulos diz que Jesus foi “o meio de comunicação que Deus Pai escolheu para nos transmitir a Sua vida. (p. 42). E completa:
“Jesus, o grande comunicador da vida divina, convida você a entrar nessa rede de comunicação. Primeiro concretizando em seus gestos e palavras, em sua maneira de pensar e agir, o amor do Pai, seu interesse pelo bem da vida humana, pela felicidade de cada um, por uma civilização de amor, justiça e paz.” (p. 42 e 43).
Nossa vida tem que falar mais do que nossas palavras. Nossos gestos tem que comunicar o Amor que recebemos dEle para que outros conheçam e também O amem.
É importante perceber que esse Amor precisa ser comunicado a todos e não só àqueles que pensamos estar longe de Deus. O que quero dizer com isso? Muitas vezes nos preocupamos apenas com as pessoas que estão fora da Igreja e não percebemos que os que caminham conosco estão se sentindo fracos e sozinhos.
Precisamos cuidar mais dos nossos irmãos, conhecê-los, saber de suas dificuldades e necessidades. E por que não citar a Mãe do Amor? “A mãe de Jesus disse-Lhe: ‘Eles já não têm vinho.’” (João 2, 3). Maria percebeu a necessidade daquelas pessoas, percebeu porque estava próxima, porque sabe cuidar daqueles que Lhe são confiados. Ela não foi reclamar com os noivos e muito menos falou mal pelas costas, Ela foi ‘direto à fonte’: comunicou a Deus Filho, confiou nEle e o milagre aconteceu.
Que a exemplo de Nossa Senhora, possamos também cuidar dos nossos irmãos e comunicar a chama do Amor que recebemos, mesmo porque “uma vela não perde nada por acender outra vela…”
Deus os abençoe! Salve Maria!
Érica Fernanda Ortega
http://rccwork.com.br/blog/2013/08/23/comunicar-e-um-ato-de-amor/

Kathleen Tácila
Ministra do Acolhimento 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

“As bem-aventuranças são o caminho para a verdadeira felicidade”

Na volta das Audiências Gerais na Praça de São Pedro em Roma, Papa Francisco falou aos fiéis reunidos vindos de todo o mundo. O Pontífice meditou as bem-aventuranças e deu uma "tarefa de casa" para todos os católicos. Leia na íntegra a Catequese desta quarta-feira (06):

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Na catequese anterior vimos como a Igreja é um povo, um povo preparado com paciência e amor de Deus, e para o qual todos nós somos chamados a pertencer. Hoje eu gostaria de destacar a novidade que caracteriza este povo. Trata-se realmente de um novo povo, que se funda na nova aliança, estabelecida pelo Senhor Jesus através do dom de sua vida. Esta notícia não nega a trajetória precedente, nem se contrapõe a ele, mas, ao contrário, o leva à sua realização.
1. Há uma figura muito significativa, que atua como um elo entre o Antigo e o Novo Testamento: a de João Batista. Para os Evangelhos sinóticos, ele é o 'precursor', aquele que prepara a vinda do Senhor, preparando as pessoas para a conversão do coração e receber o consolo de Deus que se aproxima. Para o Evangelho de João é a "testemunha", pois nos permite reconhecer em Jesus aquele que vem do Alto, para perdoar os nossos pecados e fazer de seu povo, sua esposa, os primeiros frutos da nova humanidade. Como um "precursor" e "testemunha", João Batista desempenha um papel central em toda a Escritura, pois atua como uma ponte entre a promessa do Antigo Testamento e seu cumprimento, entre as profecias e seu cumprimento em Jesus Cristo. Com o seu testemunho João nos mostra Jesus, nos convida a segui-lo, e diz-nos em termos inequívocos que isso requer humildade, arrependimento e conversão. É um convite que faz: humildade, arrependimento e conversão.
2. Assim como Moisés tinha estabelecido uma aliança com Deus, em virtude da lei recebida no Sinai, Jesus, a partir de uma colina à beira do lago da Galileia, entrega aos seus discípulos e à multidão um novo ensinamento, que começa com as bem-aventuranças. Moisés deu a Lei no Sinai e Jesus, o novo Moisés, dá a lei naquela colina, à beira do lago da Galileia. As bem-aventuranças são o caminho que Deus mostra como uma resposta ao desejo de felicidade, próprio do homem e aperfeiçoa os mandamentos da Antiga Aliança. Estamos acostumados a aprender os Dez Mandamentos – certamente, todos vocês sabem, na catequese vocês aprenderam –, mas não estamos habituados a repetir as bem-aventuranças. Vamos provar, então, agora, a recordá-las e imprimi-las em nosso coração. Vamos fazer assim: eu digo uma e vocês repetem. Concordam?
Primeiro: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus."; "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados."; "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra."; "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados."; "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia."; "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus."; "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus."; "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus."; "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e disserem todo o mal contra vós por minha causa."; "Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.".
Muito bem! Mas vamos fazer uma coisa: uma lição de casa, uma tarefa para fazer em casa. Pegue o Evangelho, aquele que vocês levam consigo... Lembre-se que você deve sempre carregar um pequeno Evangelho, no seu bolso, bolsa, sempre; o que você tem em casa. Pegue o Evangelho, e nos primeiros capítulos de Mateus - Eu acredito que no 5 - são as bem-aventuranças. E hoje, amanhã, leia em casa. Vocês podem fazer isso? Para não esquecer, porque é a lei que nos dá Jesus! Vocês farão isso? Obrigado.
Com estas palavras, há toda a novidade trazida por Cristo, e toda a novidade de Cristo são nestas palavras. Na verdade, as bem-aventuranças são o retrato de Jesus, seu modo de vida; e o caminho para a verdadeira felicidade, que também nós possamos caminhar com a graça que Jesus nos dá.
3. Além da nova Lei, Jesus dá-nos também o "protocolo", sob o qual seremos julgados. No fim do mundo, seremos julgados. E quais são as perguntas que nos farão? Quais são essas questões? Qual é o protocolo sob o qual o juiz vai nos julgar? Isso é o que encontramos no vigésimo quinto capítulo do Evangelho de Mateus. Hoje, a tarefa é ler o quinto capítulo do Evangelho de Mateus, onde existem as bem-aventuranças; e também, capítulo 25, onde existe o protocolo, as perguntas que nos farão no dia do julgamento. Nós não teremos títulos, créditos ou privilégios. O Senhor vai nos reconhecer se, por nossa vez, tivermos o reconhecido nos pobres, nos famintos, no mendigo e marginalizados, nos que sofrem... Este é um dos critérios fundamentais para verificação da nossa vida cristã, sobre a qual Jesus nos convida a avaliarmos a cada dia. Eu leio as bem-aventuranças, penso como deve estar a minha vida cristã, e depois faço um exame de consciência com este capítulo 25 de Mateus. Todos os dias, eu fiz isso, fiz aquilo... Fará muito bem a nós! Essas coisas são simples, mas concretas.
Queridos amigos, a nova aliança consiste precisamente nisto: em reconhecer-se em Cristo, envolvido pela misericórdia e compaixão de Deus é isso que enche nossos corações de alegria e é isso que torna a nossa vida um testemunho bonito e crível do amor de Deus por todos os nossos irmãos e irmãs que encontramos todos os dias. Lembrem-se do dever de casa! O quinto capítulo de Mateus e capítulo 25 de Mateus. Obrigado!

Reinan Nascimento