terça-feira, 21 de outubro de 2014

Trechos Retirados de Uma Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais

“Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro” 
Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e econômicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos.
 [...] Como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».
Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.

Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.





quinta-feira, 21 de agosto de 2014

COMUNICAR É UM ATO DE AMOR
“Ninguém ama aquilo que não conhece”, já dizia um sábio. Somos bombardeados por milhares de informações o tempo todo e repassamos muitas delas, mas muitas vezes esquecemos de levar Deus de formas mais simples e eficazes: por meio de um olhar, um sorriso, um agradecimento sincero àquele desconhecido que, mesmo na correria, te deixou ir primeiro…
Quem teve a oportunidade de estar na JMJ este ano recebeu no “kit peregrino” um livro chamado “Discipulus”. Um de seus capítulos diz que Jesus foi “o meio de comunicação que Deus Pai escolheu para nos transmitir a Sua vida. (p. 42). E completa:
“Jesus, o grande comunicador da vida divina, convida você a entrar nessa rede de comunicação. Primeiro concretizando em seus gestos e palavras, em sua maneira de pensar e agir, o amor do Pai, seu interesse pelo bem da vida humana, pela felicidade de cada um, por uma civilização de amor, justiça e paz.” (p. 42 e 43).
Nossa vida tem que falar mais do que nossas palavras. Nossos gestos tem que comunicar o Amor que recebemos dEle para que outros conheçam e também O amem.
É importante perceber que esse Amor precisa ser comunicado a todos e não só àqueles que pensamos estar longe de Deus. O que quero dizer com isso? Muitas vezes nos preocupamos apenas com as pessoas que estão fora da Igreja e não percebemos que os que caminham conosco estão se sentindo fracos e sozinhos.
Precisamos cuidar mais dos nossos irmãos, conhecê-los, saber de suas dificuldades e necessidades. E por que não citar a Mãe do Amor? “A mãe de Jesus disse-Lhe: ‘Eles já não têm vinho.’” (João 2, 3). Maria percebeu a necessidade daquelas pessoas, percebeu porque estava próxima, porque sabe cuidar daqueles que Lhe são confiados. Ela não foi reclamar com os noivos e muito menos falou mal pelas costas, Ela foi ‘direto à fonte’: comunicou a Deus Filho, confiou nEle e o milagre aconteceu.
Que a exemplo de Nossa Senhora, possamos também cuidar dos nossos irmãos e comunicar a chama do Amor que recebemos, mesmo porque “uma vela não perde nada por acender outra vela…”
Deus os abençoe! Salve Maria!
Érica Fernanda Ortega
http://rccwork.com.br/blog/2013/08/23/comunicar-e-um-ato-de-amor/

Kathleen Tácila
Ministra do Acolhimento 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

“As bem-aventuranças são o caminho para a verdadeira felicidade”

Na volta das Audiências Gerais na Praça de São Pedro em Roma, Papa Francisco falou aos fiéis reunidos vindos de todo o mundo. O Pontífice meditou as bem-aventuranças e deu uma "tarefa de casa" para todos os católicos. Leia na íntegra a Catequese desta quarta-feira (06):

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Na catequese anterior vimos como a Igreja é um povo, um povo preparado com paciência e amor de Deus, e para o qual todos nós somos chamados a pertencer. Hoje eu gostaria de destacar a novidade que caracteriza este povo. Trata-se realmente de um novo povo, que se funda na nova aliança, estabelecida pelo Senhor Jesus através do dom de sua vida. Esta notícia não nega a trajetória precedente, nem se contrapõe a ele, mas, ao contrário, o leva à sua realização.
1. Há uma figura muito significativa, que atua como um elo entre o Antigo e o Novo Testamento: a de João Batista. Para os Evangelhos sinóticos, ele é o 'precursor', aquele que prepara a vinda do Senhor, preparando as pessoas para a conversão do coração e receber o consolo de Deus que se aproxima. Para o Evangelho de João é a "testemunha", pois nos permite reconhecer em Jesus aquele que vem do Alto, para perdoar os nossos pecados e fazer de seu povo, sua esposa, os primeiros frutos da nova humanidade. Como um "precursor" e "testemunha", João Batista desempenha um papel central em toda a Escritura, pois atua como uma ponte entre a promessa do Antigo Testamento e seu cumprimento, entre as profecias e seu cumprimento em Jesus Cristo. Com o seu testemunho João nos mostra Jesus, nos convida a segui-lo, e diz-nos em termos inequívocos que isso requer humildade, arrependimento e conversão. É um convite que faz: humildade, arrependimento e conversão.
2. Assim como Moisés tinha estabelecido uma aliança com Deus, em virtude da lei recebida no Sinai, Jesus, a partir de uma colina à beira do lago da Galileia, entrega aos seus discípulos e à multidão um novo ensinamento, que começa com as bem-aventuranças. Moisés deu a Lei no Sinai e Jesus, o novo Moisés, dá a lei naquela colina, à beira do lago da Galileia. As bem-aventuranças são o caminho que Deus mostra como uma resposta ao desejo de felicidade, próprio do homem e aperfeiçoa os mandamentos da Antiga Aliança. Estamos acostumados a aprender os Dez Mandamentos – certamente, todos vocês sabem, na catequese vocês aprenderam –, mas não estamos habituados a repetir as bem-aventuranças. Vamos provar, então, agora, a recordá-las e imprimi-las em nosso coração. Vamos fazer assim: eu digo uma e vocês repetem. Concordam?
Primeiro: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus."; "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados."; "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra."; "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados."; "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia."; "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus."; "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus."; "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus."; "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e disserem todo o mal contra vós por minha causa."; "Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.".
Muito bem! Mas vamos fazer uma coisa: uma lição de casa, uma tarefa para fazer em casa. Pegue o Evangelho, aquele que vocês levam consigo... Lembre-se que você deve sempre carregar um pequeno Evangelho, no seu bolso, bolsa, sempre; o que você tem em casa. Pegue o Evangelho, e nos primeiros capítulos de Mateus - Eu acredito que no 5 - são as bem-aventuranças. E hoje, amanhã, leia em casa. Vocês podem fazer isso? Para não esquecer, porque é a lei que nos dá Jesus! Vocês farão isso? Obrigado.
Com estas palavras, há toda a novidade trazida por Cristo, e toda a novidade de Cristo são nestas palavras. Na verdade, as bem-aventuranças são o retrato de Jesus, seu modo de vida; e o caminho para a verdadeira felicidade, que também nós possamos caminhar com a graça que Jesus nos dá.
3. Além da nova Lei, Jesus dá-nos também o "protocolo", sob o qual seremos julgados. No fim do mundo, seremos julgados. E quais são as perguntas que nos farão? Quais são essas questões? Qual é o protocolo sob o qual o juiz vai nos julgar? Isso é o que encontramos no vigésimo quinto capítulo do Evangelho de Mateus. Hoje, a tarefa é ler o quinto capítulo do Evangelho de Mateus, onde existem as bem-aventuranças; e também, capítulo 25, onde existe o protocolo, as perguntas que nos farão no dia do julgamento. Nós não teremos títulos, créditos ou privilégios. O Senhor vai nos reconhecer se, por nossa vez, tivermos o reconhecido nos pobres, nos famintos, no mendigo e marginalizados, nos que sofrem... Este é um dos critérios fundamentais para verificação da nossa vida cristã, sobre a qual Jesus nos convida a avaliarmos a cada dia. Eu leio as bem-aventuranças, penso como deve estar a minha vida cristã, e depois faço um exame de consciência com este capítulo 25 de Mateus. Todos os dias, eu fiz isso, fiz aquilo... Fará muito bem a nós! Essas coisas são simples, mas concretas.
Queridos amigos, a nova aliança consiste precisamente nisto: em reconhecer-se em Cristo, envolvido pela misericórdia e compaixão de Deus é isso que enche nossos corações de alegria e é isso que torna a nossa vida um testemunho bonito e crível do amor de Deus por todos os nossos irmãos e irmãs que encontramos todos os dias. Lembrem-se do dever de casa! O quinto capítulo de Mateus e capítulo 25 de Mateus. Obrigado!

Reinan Nascimento

domingo, 27 de julho de 2014


PAPA RECEBE SUDANESA CONDENADA À MORTE POR DEIXAR O ISLÃ

       O Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira, 24, na Casa Santa Marta, a jovem Meriam Yahia Ibrahim Ishag, sudanesa que havia sido condenada à forca por professar a fé cristã.
Meriam estava acompanhada do marido Daniel Wani e dos filhos, Martin de um ano e meio e Maya, de dois meses. Segundo o Vaticano, o encontro durou cerca de meia hora e desenvolveu-se em clima sereno e alegre.
      O Papa agradeceu à jovem pelo corajoso testemunho e constância na fé. Meriam agradeceu pelo grande sustento e conforto recebido pelas orações do Papa e tantas pessoas de fé.

     A família foi levada ao Vaticano pelo vice-ministro para Relações Exteriores da Itália, Lapo Pistelli, que foi ao Sudão para realizar as negociações de libertação e auxiliar na viagem, bem como, nos processos de transferência para os Estados Unidos.

       Segundo nota, ao receber Meriam, o Papa desejou manifestar também sua proximidade a todos aqueles que sofrem perseguições por sua fé, de modo particular os cristãos perseguidos pelas limitações impostas à liberdade religiosa.
Meriam Yeilah Ibrahim tem 27 anos, é médica e estava grávida de cinco meses quando foi presa com o filho de dois anos. Ela foi condenada pela Corte de Khartum por adultério, porque, segundo a Sharia, lei religiosa islâmica, o seu casamento com um homem cristão é considerado inválido. Além disso, a jovem foi condenada por apostasia e blasfêmia, ao torna-se cristã.
      No último mês, após grande pressão internacional e intervenção diplomática de alguns países, a jovem foi libertada. Nesta semana, Meriam e a família conseguiram deixar o país com o auxílio da Itália.


Quinta-feira, 24 de julho de 2014

Adênia Karen

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Comunicação: somos semeadores

         Semear significa espalhar, disseminar, propagar. A comunicação também pode enquadrar-se nesse conceito, já que comunicar é uma forma nossa de propagar. E certamente, um dos principais aspectos da nossa relação social.
         Através disso, Papa Francisco, no Angelus dominical, nos ensina com a parábola do semeador – Evangelho deste domingo (Mt 13,1-23) –, que devemos ser como a terra fértil quando a semente é colocada: produzir frutos. Dessa maneira, a semente que caiu em terra fértil, representa as pessoas que ouvem a Palavra, a acolhem, a protegem e a entendem, e assim, produzem fruto. E sobre este fruto, é que a comunicação faz o seu papel tornar-se dinâmico e evangelizador: semear a Verdade.
         O Papa ainda nos inspira: "O modelo perfeito desta terra boa é a Virgem Maria”. Como ninguém, Maria soube ouvir, acolher, proteger e entender a Palavra de Deus, e não houve resultado melhor a não ser a graça de ser Mãe de Jesus, além do seu amor por nós.
         Somos semeadores! Que tipo de semente sai do nosso coração e da nossa boca?



       As nossas palavras podem fazer tão bem, mas também tão mal! Podem curar e podem ferir; podem encorajar e podem deprimir. Lembrem que o que não é o que entra, mas o que sai da boca e do coração. Que Nossa Senhora nos ensine, com o seu exemplo, a acolher a Palavra, protegê-la e fazê-la fecundar em nós e nos outros.” (Papa Francisco).

Renata Menezes


quarta-feira, 9 de julho de 2014

A comunicação a serviço da evangelização
“Ai de mim, se não anunciar o evangelho!" (1 Co 9:16)

Quando o anjo Gabriel comunicou o plano de salvação do Pai à virgem Maria, ela pôs-se a pensar o que aquilo significava; “Entrando, o anjo, disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.” (Lc 1, 28). Aconteceu ali a maior comunicação de todos os tempos – o projeto de salvação de Deus para com o seu povo se realizava – e após o diálogo com o anjo, a resposta de Maria foi um SIM, sem hesitação nenhuma. Precisamos também dar nosso SIM, assim como Maria, sem hesitar, buscando levar o nome de Jesus Cristo a todos os lugares possíveis.
Sabemos que não existe evangelização sem comunicação. Evangelizar implica necessariamente em comunicar. Até mesmo o testemunho de vida como ação evangelizadora é um pressuposto e também uma forma de comunicação. O ato de testemunhar é comunicar com a própria vivência a mensagem do Evangelho.
O Papa João Paulo II na Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, em Março de 2002, lançou um grande desafio para toda a Igreja.

“É fundamental considerar o nosso empenho com o mundo dos meios de comunicação social como uma para a qual o Espírito Santo chama agora a Igreja no mundo. (…) O principal desafio é encontrar as formas para garantir que a voz da Igreja não seja marginalizada ou silenciada na arena moderna dos meios de comunicação social. Portanto, deveis desempenhar um papel ao garantir que o Evangelho não seja limitado a um mundo estreitamente privado. Não! Jesus deve ser proclamado ao mundo; a Igreja deve entrar no grande foro dos meios de comunicação com coragem e confiança.”

Que o Espírito Santo nos impulsione a realizar uma missão que nos faça sair do comodismo, pois somos continuadores das vontades de Jesus Cristo na Igreja.

Oração a São Gabriel Arcanjo
Portador das boas novas, das mudanças, da sabedoria e da inteligência. Arcanjo da Anunciação, trazei todos os dias mensagens boas e otimistas. Fazei com que eu também seja um mensageiro, proferindo somente palavras e atos de bondade e positivismo. Concedei-me o alcance de meus objetivos. Que assim seja.


Denise Barbosa

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A alegria da Páscoa vem do coração

Nesta semana, disse o Papa, podemos continuar com as felicitações de Páscoa, como se fosse um único dia. É o grande dia que o Senhor fez.
O sentimento dominante que transparece dos relatos evangélicos da Ressurreição é a alegria repleta de estupor, e na Liturgia nós revivemos o estado de espírito dos discípulos pela notícia que as mulheres traziam: Jesus ressuscitou!
Deixemos que esta experiência, impressa no Evangelho, se imprima também nos nossos corações e transpareça na nossa vida. Deixemos que o estupor jubiloso do Domingo de Páscoa se irradie nos pensamentos, nos olhares, nas atitudes, nos gestos e nas palavras... Mas isso não é uma maquiagem! Vem de dentro, de um coração imerso na fonte desta alegria, como o de Maria Madalena, que chorou pela perda do seu Senhor e não acreditava nos seus olhos vendo-o ressuscitado.
Quem faz esta experiência, acrescentou o Pontífice, se torna testemunha da Ressurreição, porque num certo sentido ele mesmo ressuscita. Então é capaz de levar um “raio” da luz do Ressuscitado nas diversas situações humanas: naquelas felizes, tornando-as mais belas e preservando-as do egoísmo; e naquelas dolorosas, trazendo serenidade e esperança.


Renata Ramos
Ministra do Acolhimento

domingo, 20 de abril de 2014

Aleluia, Aleluia, Aleluia! O Senhor que estava morto agora vive e está no meio de nós!

“Aquele que vimos envolto em sangue, tomado pelas dores da morte na Sexta-feira, Aquele que velamos respeitosamente no silêncio da morte no Sábado, agora proclamamo-lo Ressuscitado, Vivo, Vitorioso!” (D. Henrique Soares)
O sentido da morte e ressurreição de Jesus, o significado deste Sublime Mistério de Amor é anunciar que Ele já venceu por nós. Ele está vivo! Jesus matou a morte!” (Pe. José Augusto). O Senhor inaugura uma vida nova, somos novas criaturas. “Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova” (Romanos 6, 4).
Não sejamos como aquelas mulheres que no primeiro dia da semana estavam procurando no sepulcro Aquele que está vivo, e que até chegaram a pensar que o corpo tinha sido roubado, mas não lembraram que Jesus ressuscitaria ao terceiro dia como havia dito. Não façamos também como um de seus discípulos, Tomé, que duvidou da presença real do Senhor no meio dos outros, sejamos como os demais que se alegraram com sua aparição. Jesus está em nosso meio, Ele vive em nós. Estejamos certos que Ele abriu o caminho para nossa salvação, de que atravessou o doloroso “mar da morte”, e por isso celebramos a festa da Páscoa (do hebraico Pessach) que significa passagem da morte para a vida. É por esta fé que nós vivemos e somos cristãos e “Felizes aqueles que crêem sem ter visto” (Jo 21, 29).
Essa fé não pode ficar somente entre nós, ela precisa ser anunciada a todos os filhos de Deus, e assim como Jesus disse aos seus discípulos “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Marcos 16, 15), que possamos também levar a Palavra de Deus, o testemunho e a oração àqueles que ainda não conhecem nosso Senhor. 

“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam".

A música que deixo aqui talvez seja pouco lembrada no dia de hoje, mas foi a que o Senhor colocou em meu coração. Que a nossa fé seja também ressuscitada!


Meu Senhor e meu Deus
Mensagem Brasil

Meu Senhor e meu Deus, meu Senhor e meu Deus
Meu Senhor e meu Deus, eu creio
Mas aumenta a minha fé
Dá-me uma fé viva, dá-me uma fé nova
Traduzida na vida, testemunhada
No amor pelos irmãos




Denise Barbosa
Ministra do Acolhimento

quarta-feira, 26 de março de 2014

A Docilidade na Comunicação

 

Docilidade: s.f. Qualidade do que é dócil; afabilidade; brandura.

(Aurélio Online, 2008-2014)

 

Ser dócil é ser obediente, é ser fácil de ser conduzido. É aquele que aprende com facilidade. Mas que desafio é ser dócil ao Espírito Santo, não é? Se aprender já é, por vez, complicado, imagina aprender com facilidade. Mas, como Deus nos ama tanto, nos concede esta graça de entender aquilo que Ele quer.
Quando vemos alguém na rua, geralmente conhecido, nós nos comunicamos com ele através de uma saudação, um sorriso, um gesto, um aceno. Ou, se ainda mais próximo, através de uma rápida ou longa conversa. Mas, o que vem a ser comunicação?

Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações, modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas. Sem a comunicação, cada um de nós seria um mundo isolado. (...) Quem comunica é a fonte e, do outro lado, está o receptor. O que se comunica é a mensagem. (VASCONCELOS, 2009)

Somos convidados, como autênticos cristãos e missionários evangelizadores, a levar Deus ao próximo. Como nosso Deus é providente, nos concedeu a graça da comunicação, meio pelo qual podemos evangelizar. Como citado acima, o que se comunica é a mensagem. E então, qual a mensagem hoje que você quer anunciar? Qual a mensagem que você precisa levar aos corações sedentos?
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. (Cf. Mc 16, 15)
Que possamos ser dóceis ao Espírito Santo, para que entendamos aquilo que Ele quer utilizar para a nossa evangelização através da comunicação, seja ela por meio físico ou social.
Deus os abençoe!

Kathleen Tácila

Ministra do Acolhimento

quarta-feira, 19 de março de 2014

Tráfico Humano: um brado aos céus por socorro divino



A Campanha da Fraternidade de 2014, preconizada pela CNBB, trata a temática da “Fraternidade e Tráfico Humano”, evidenciando, entre outras modalidades perversas, a exploração sexual infanto-juvenil e adulta, sobretudo de mulheres enganadas em busca de melhores condições de vida; a extração de órgãos comercializados a preço de ouro e a exploração para o trabalho escravo.
Os roteiros do tráfico humano seguem esquemas paralelos aos do crime organizado, envolvendo transações bilionárias que chegam a faturar, anualmente, 32 bilhões de dólares. A vida mercantilizada expressa a realidade da sociedade de consumo que endeusa as coisas e usa as pessoas, reduzidas a insumos comerciais, úteis e descartáveis. A inversão de valores éticos leva a negação e ao desprezo à dignidade do ser humano. Os padrões de felicidade divulgados por grupos financistas e pela propaganda paga confundem os sentimentos e a índole das pessoas.
Pelo ponto de vista individualista, a busca da felicidade sugere que eu use alguém enquanto ele/ela me satisfaça. Depois eu a descarto como objeto inútil ou a elimino como queima de arquivo. Muitas pessoas e famílias não recebem adequada formação de caráter, baseado nos valores éticos e morais. Consequentemente, não se consegue transmitir esses valores as novas gerações. O que fazer para resgatar a dignidade perdida de milhares de pessoas que foram vítimas das formas mais perversas de escravidão? Se fosse considerada isoladamente, nenhuma instituição teria uma infraestrutura capaz de encaminhar soluções, enfrentando diversas situações envoltas em fatores complexos.
É indispensável unir esforços e integrar os meios disponíveis pelas instituições na corresponsabilidade que incumbe a todos: União, governos estaduais e municipais, polícias, conselhos de cidadania, voluntariado, clubes de serviço, Igrejas, movimentos sociais. Todos nós aprendamos a enfrentar os conflitos, tentando reverter situações da escravatura, através de políticas públicas assumidas em parceria. A raiz da violência é o egoísmo e ausência de amor a Deus e ao próximo. Perdidos os valores referenciais da fé e da prática da justiça, alguém chega a degradar o ser humano, legitimando expedientes que bradam aos céus por socorro divino. Disque 123 para pedir informações, para denunciar crimes e fazer parte do encaminhamento das soluções às vítimas!

Dom Aldo Pagotto
Arcebispo da Paraíba
Reinan Barbosa

Ministro do Acolhimento

quarta-feira, 12 de março de 2014

A ORAÇÃO É ESSENCIAL PARA QUE A NOSSA ALMA, PARA QUE O NOSSO ESPÍRITO, TENHA COMUNHÃO COM DEUS NOSSO PAI.

"[Pai nosso, que estais nos céus] Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”                                         (Mt 6,12-13)

   Um dos pilares desse tempo de graça que vivemos agora, chamado de Quaresma, é a oração o nosso modo de nos relacionarmos profundamente com Deus. A oração é essencial para que a nossa alma, para que o nosso espírito, tenha comunhão com Deus Nosso Pai.
    Às vezes, as pessoas perguntam: “Mas como é que se faz oração? Como é que se ora, que se reza? Como é que se fala com Deus?” Foi a mesma pergunta que fizeram para Jesus e Ele, como nosso modelo, como o Homem orante por excelência, nos ensina a rezar. O Pai-Nosso não é uma fórmula para ser repetida; o Pai-Nosso é o jeito, a maneira, o modo como nós devemos orar: é uma oração de conclusão das orações que nós fazemos.
  No entanto, as nossas orações devem ter estes três elementos: Primeiro: é reconhecer que Ele é Pai de todos nós e, uma vez que reconhecemos que Ele é Pai meu, é Pai seu, é Pai nosso, nós exaltamos o nome do Nosso Pai, nós glorificamos e santificamos o nome do Senhor Nosso Deus.
  Segundo: E o modo de santificar, de glorificar e exaltar esse Deus é pedindo que a Sua presença se manifeste e se faça viva no meio de nós. Assim como nós pedimos que o Seu nome seja glorificado, nós pedimos também que Ele conceda a nós o pão de cada dia, mas não é pedir o pão para a “minha” casa, para a “minha” família, para a “minha” fome, mas sim pedir para que esse pão seja nosso! Porque se o Pai é Pai de todos, o pão que Ele nos dá é para todos nós. 
  E terceiro: pedimos ali de uma forma insistente ao coração de Deus: ”Quebre o nosso coração do egoísmo, das injustiças e nos ajude a partilhar o pão que nós temos em nossa mesa com aqueles que não têm!”. Ao mesmo tempo nós suplicamos ao coração de Deus: ”Perdoe, Senhor, perdoe os nossos pecados, perdoe porque nós somos frágeis!”.
   Não fique nenhum dia, meu irmão, minha irmã, sem reconhecer a sua miséria, o seu pecado, a sua condição de pecador. E da mesma forma como nós pedimos a Deus que nos perdoe é que nós queremos perdoar uns aos outros. Só não perdoa o seu próximo, o seu irmão, quem é orgulhoso e não é capaz de reconhecer o seu próprio erro, a sua própria dívida para com Deus. Senão a nossa oração será uma oração injusta: nós queremos que Deus nos perdoe, mas nós não nos abrimos para perdoar a quem nos ofendeu.
   Que a nossa vida seja uma vida de oração, mas que a nossa oração seja ao nosso ritmo e ao nosso modo de vida!

Homilia do Padre Roger Araújo- Comunidade Canção Nova


Adênia Karen
Ministra do Acollimento

sábado, 1 de março de 2014

"NO SEU VERBO, DEUS DISSE TUDO

65. «Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos pelo seu Filho» (Heb 1, 1-2). Cristo, Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai.
N'Ele, o Pai disse tudo. Não haverá outra palavra além dessa. São João da Cruz, após tantos outros, exprime-o de modo luminoso, ao comentar Heb 1, 1-2:
«Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra – e não tem outra – (Deus) disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou novidade.

JÁ NÃO HAVERÁ OUTRA REVELAÇÃO

66. «Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e já não se há-de esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, apesar de a Revelação já estar completa, ainda não está plenamente explicitada. E está reservado à fé cristã apreender gradualmente todo o seu alcance, no decorrer dos séculos. ”
Catecismo da Igreja Católica (Capítulo II, 65 e 66)

O trecho 65 nos leva a parar e pensar as diversas formas que Deus mostra sua face de bondade não apenas no seu filho, mas através de pessoas aqui na terra. Pode ser com gestos e palavras que chegam exatamente quando precisamos por meio de pessoas cheias de Deus. Isso é exemplo para que nós sejamos cheios de Deus e comunicadores da boa nova com a nossa vida.

E como conseguir isso ser assim? Volte ao trecho 66! Deus revela Cristo a todo o momento para nós e está sempre nos esperando para preencher nossa vida e transformar a nossa história, torná-la nova a cada oração e só assim podemos revelar Deus ao irmão.

Emanuelle Santos
Ministra do Acolhimento

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Uma proposta, ou melhor, um desafio: viver a UNIDADE!

ENF 2014

Se for possível resumir, o tema pode ser enxugado em uma única palavra: “Unidade”. E é esta palavra curta, mas complexa, que torna o ENF 2014 o mais desafiador da história. Por quê? Pelo simples fato de não terminar quando acaba, mas começar quando termina. Primeiramente, é desafiador olhar para si próprio, reconhecer quando se está errado. E é isto que o tema deste ano nos propõe: um olhar reflexivo e verdadeiro sobre nós mesmos, a RCC. Até que ponto temos nos esforçado pela unidade no Espírito? Até que ponto eu e você, enquanto Movimento, estamos dispostos a nos consumir pela unidade verdadeira? O tema nos convida a um questionamento pessoal, intransferível e urgente. Se não faço, não posso cobrar que façam meus irmãos.
Embora pessoal, a unidade é, ainda, uma graça a ser vivida em comunidade, por todos, e para isso, necessita de todos. A palavra unidade tem origem no termo latim unitas e designa, dentre outros significados, a união de componentes com uma determinada homogeneidade ou identidade. E isso faz do tema de 2014 e de seu marco de lançamento, o ENF, algo muito mais difícil. Na prática, diferente do tema “Fé”, por exemplo, que convida a um esforço pessoal para crer em Jesus, o tema Unidade não se constrói sozinho. E nem se afixa no coração apenas com cânticos e orações. A unidade não é um mantra para ser repetido em diversos encontros. É um desafio. E não fará sentido se não houver uma decisão.

Jersey Simon Ferreira
Grupo de Oração Sagrados Corações



"Conservai a unidade do Espírito pelo vínculo da paz!" (Efésios 4,3)

Logo abaixo está a letra da música tema do ENF e o vídeo de encerramento do mesmo. A canção, assim como todo o encontro, traz convite à evangelização. Sejamos dóceis e deixemos que o Espírito de Unidade transborde em cada um de nós!

Sejam Um

Letra - Juninho Cassimiro/Reinaldo Reis. Música - Juninho Cassimiro.
Contribuição para inspiração - Vinicius Simões e Lucimar Mazziero
Gravado por banda Arkanjos

Temos um encontro marcado
Nosso Deus foi elevado
Fomos atraídos à cruz
Não existe paz sem Jesus
Nem ressurreição sem morrer
A graça da unidade vem da cruz
Do lado aberto jorra o amor,
A água que nos faz renascer
O Sangue que nos torna irmãos
Vem do coração de Deus o clamor:
 “Sejam um!” Eis o Dom derramado entre nós
 “Sejam um!” Como o Pai e o Filho são um
 “Sejam um!” Eis o Dom derramado entre nós
 “Sejam um!” Como o Pai e o Filho são um.





domingo, 2 de fevereiro de 2014

"Foi para a liberdade que Cristo nos libertou" (Gálatas 5,1)

Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Um dos problemas mais discutidos na atualidade é o homem como ser igualitário. Que se faz respeitar sem precisar usar a força bruta, e que carrega a razão no seu modo de agir e de se relacionar com o próximo.
Todos nos homens somos precipitados a viver um ciclo que é igual a todos que é nascer, crescer, reproduzir e morrer. Esse é o ciclo parcial que nos condiciona a sermos iguais, mas têm pessoas que não comprem o ciclo às vezes por mortes prematuras ou ate por opção mesmo. Todos somos iguais todos temos músculos, ossos, pensamentos, vontades, instintos, etc.
O homem desde sua criação já se predispõe livre, com direitos iguais e com consciência. “No principio Deus fez o homem e a mulher a sua imagem e semelhança”. Deus é livre e os deu essa liberdade, mas também nos deixou o “livre arbítrio”, tudo me é permitido mais nem tudo mim convêm, ou seja, somos essencialmente livres podemos fazer todo da maneira que quisermos, mas nem tudo é correto de se fazer. Por isso a nossa liberdade não é absoluta e condicionada, onde a condição está em suas mãos, a escolha esta em você, então se você quer realmente ser livre deve ter um referencial, nada mais importante do que ter como referência nosso Amado Deus, o qual é exemplo de comportamento e infinito amor.
O maior sinal de que somos livres é quando somos obedientes, pois a obediência sem liberdade se torna escravidão e liberdade sem obediência se torna libertinagem, desse modo que busquemos ser livres em Deus, pois foi para que sejamos livres que Ele morreu por nós!


Assim, como os pássaros que voam no céu, sejamos livre em Deus, pois somos mais fortes, vamos mais longe quando seguimos junto a Ele.


Elton Monteiro