terça-feira, 29 de maio de 2012

Se livrar da escravidão do Pecado

 
 O pecado é a mais evidente manifestação da carne. Quando se peca, desagrada-se à Deus, e em consequência disso, agrada-se ao diabo. Por isso, quem deseja ser salvo tem que se libertar de todo e qualquer tipo de pecado, além de procurar viver em santidade. O arrependimento consiste em reconhecer os erros e as falhas, juntamente com um sentimento do nojo para com o pecado, se isso não acontecer, então pode ter certeza que cedo ou tarde a pessoa voltará à cair em tentação. Ninguém é tentado além do que possa suportar. A tentação nada mais é do que a sua própria cobiça pelo que é errado. Portanto, quando ela vier, resista à todo custo, louve à Deus, ocupe sua mente, feche os olhos, você deve manifestar uma fé agressiva para se defender da tentação, faça de tudo, mas não cais de jeito maneira, pois após a queda, se levantar novamente é algo bastante difícil, e é todo um processo. Não caia nessa de que você pecou hoje e não aconteceu nada então está tudo bem, não!!! A semente está sendo plantada e logo irá vir a colheita, e você sabe que salário do pecado é a morte. “Sem mim nada podeis fazer” João 15:5. Sem Deus você jamais poderá resistir ao pecado. Você pode tentar lutar e relutar na força do seu braço, mas certamente logo se cansará, então busque à Deus com todas as suas forças. Aquele que pede, recebe, se você pedir ajuda concerteza e sem sombra de dúvidas Deus lhe dará. Sozinho você não irá muito longe. A palavra de Deus é bastante clara à esse respeito. Não se pode, de maneira nenhuma apressar os passos para o pecado, pois a carne é fraca, não se pode subestimá-la. Existem aquelas pessoas que se sentem tão fortes que chegam ao ponto de pensarem ser invencíveis e que jamais poderia cair. Quanto à esses, a palavra de Deus diz: Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuida para que não caia (I coríntios 10:12).
Por: Renato Alves - ministro da cominicação

domingo, 20 de maio de 2012

Bento XVI explica solenidade da Ascensão do Senhor

Fiéis e peregrinos compareceram em grande número à praça São Pedro, no Vaticano, para ouvir as palavras do Papa Bento XVI, no Angelus deste domingo, 20, e receber a sua benção.

Bento XVI falou aos presentes sobre a Ascensão do Senhor, ressaltando que o acontecimento “assinala o cumprir-se da salvação, iniciada com a Encarnação”. Ele explicou que ao ascender aos céus, Jesus não abandonou a humanidade, pelo contrário, “assumiu consigo os homens na intimidade do Pai e assim revelou o destino final da nossa peregrinação terrena”.

“A Ascensão é o último ato da nossa libertação do peso do pecado”, disse o Papa, que acrescentou: “Por isso os discípulos, quando viram o Mestre levantar-se da terra e elevar-se para o alto, não foram tomados pelo desconforto, mas sentiram uma grande alegria e sentiram-se encorajados a proclamar a vitória de Cristo sobre a morte" (cfr Mc 16,20).

Sobre o significado da Ascensão, o Santo Padre explicou que esse gesto do senhor, revela que "em Cristo a nossa humanidade é levada às alturas de Deus, assim, a cada vez que rezamos, a terra une-se ao Céu. E como o incenso, queimando, faz subir às alturas a sua fumaça de suave perfume, de forma que, quando elevamos ao Senhor a nossa fervorosa e confiante oração, em Cristo, ela atravessa os céus e alcança o Reino de Deus, é por ele ouvida e atendida”.

Por fim, o Papa citou a obra de São João da Cruz, a Subida ao Monte Carmelo: “para ver realizados os desejos do nosso coração, não há modo melhor que colocar a força da nossa oração naquilo que agrada a Deus. Então ele nos dará não somente o que pedimos, ou seja, a salvação, mas também o que considerar que seja conveniente e bom para nós”.

O Papa lembrou então dois eventos trágicos ocorridos na Itália nas últimas 24 horas: um atentado a uma escola da cidade de Brindisi e o terremoto desta madrugada que atingiu a região italiana da Emília Romagna deixando, até o momento, um saldo de seis mortes. O Santo Padre manifestou sua proximidade às vítimas e aos seus familiares.

Como sempre faz, Bento XVI saudou os presentes nas suas diversas línguas. Em português, disse: "Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em particular o grupo brasileiro da paróquia Nossa Senhora Aparecida de Piabetá, a quem agradeço o apoio espiritual e material que dão ao meu serviço de Sucessor de Pedro. Sobre todos invoco os dons do Espírito Santo, para serem verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, fazendo jorrar a sua Vida no meio das respectivas famílias e comunidades, que de coração abençôo"

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 46º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

«Silêncio e palavra: caminho de evangelização»
[Domingo, 20 de Maio de 2012]
Hoje celebramos:



Amados irmãos e irmãs,
Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).
Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem actual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.
Vaticano, 24 de Janeiro – dia de São Francisco de Sales – de 2012.

BENEDICTUS PP. XVI

sábado, 19 de maio de 2012

VII Domingo da Páscoa


Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado
 (Mc. 16, 15)

Amados irmãos,

 
Neste domingo a liturgia da palavra nos convidar a refletirmos sobre a missão que tem todo cristão batizado. Jesus Cristo cumpre seu tempo aqui na terra e sobe aos Céus, cheio de gloria e esplendor “elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos” (At. 1, 9). A missão de levar a boa nova aos homens agora é confiado aos discípulos. São eles as testemunhas de Jesus e tem como missão fazer chegar aos confins da universo o Evangelho de Jesus, “e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (At. 1, 8). Por meio do batismo, recebemos a mesma missão, de evangelizar e testemunhar Cristo ao mundo tão sedento de paz e justiça. Devemos ter a coragem dos primeiros discípulos de Jesus que com coragem, instruídos e iluminados pelo Espirito Santo com nossas vidas testemunhar Cristo nosso único salvador.
Na segunda leitura, Paulo lembra aos Efésios, a importância da missão que tem de anunciara Cristo Jesus morto por nossos pecados e ressuscitado, “Rogo ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, que vos dê um espírito de sabedoria que vos revele o conhecimento dele; que ilumine os olhos do vosso coração, para que compreendais a que esperança fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança que ele reserva aos santos, e qual a suprema grandeza de seu poder para conosco, que abraçamos a fé” (Ef. 1, 17-19). Paulo ao escrever para esta comunidade quer mostrar que o mistério divino é revelado na unidade da Igreja (da comunidade). Ressalta ainda a fé e a esperança em Cristo Jesus que enviará o Espirito que revelará todo conhecimento. Paulo fala da Igreja como o Corpo de Cristo, para mostrar o quanto é importante à união entre os membros da comunidade, “a Igreja, que é o seu corpo” (Ef. 1, 23). A salvação vem por meio de Jesus Cristo e se derrama sobre a Igreja (corpo), da qual Ele é a Cabeça.
O trecho do Evangelho deste dia se encontra no ultimo capitulo do Evangelho de São Marcos. Ele começa este capítulo falando das mulheres que encontra o sepulcro vazio. Marcos tem a intensão de confirmar a ressureição de Jesus, quer mostrar que não é uma invenção dos discípulos, por isso fala do testemunho das mulheres e depois do Anjo, que confirma aquilo que as mulheres verem (Cf. Mc. 16, 5-6). Em um segundo momento, Marcos nos fala das aparições do Ressuscitado e da sua Ascenção aos Céus. Em sua despedida Cristo Jesus confia aos seus discípulos uma missão, “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc. 16, 15). Vemos aí o inicio do apostolado dos primeiros discípulos e o nascimento da Igreja, para fazer parte da Igreja de Deus, povo escolhido e herdeiros da Graça, basta apenas ser batizado e ter fé em Cristo, “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc. 16, 15). A Igreja é parte integrante do misterioso desígnio que Deus, pouco a pouco, vai revelando e realizando na história dos homens. A Igreja nasce de uma decisão livre de Deus Trino, e tem a recapitular em Cristo todos os homens.
Poderíamos dizer que a Igreja é missão, já que existe em quanto é enviada por Deus a convocar a todos os homens em seu Filho Jesus Cristo; e que por ser missão deve converter-se em missionária. Ela nasce após ou com a missão que Cristo confia as aos Apóstolos. Embora Cristo não esteja mais presente visivelmente, como era presente em meio aos discípulos, continua a acompanhar a sua Esposa ao longo dos séculos. São marcos nos fala que Jesus cooperava e confirmava com sinais e milagres a ação dos Apóstolos, “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados... O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam” (Mc. 16, 17-18.20).
Caríssimos! Todos nós fazemos parte da Igreja de Jesus. Por meio do batismo tornamo-nos membros do corpo místico de Cristo e assim, temos a missão de anunciar a boa nova do Senhor a todos os povos. Como aos Apóstolos, o Senhor nos confia à missão de pregar a todos os homens. Toda a Igreja, e por assim dizer, todos seus membros (fieis e pastores) tem a obrigação de viver em continuo estado de missão. A cada dia, devemos proclamar a todos que Cristo Jesus está vivo! Que morreu para nos salvar, mas ressuscitou e está a direita do Pai a interceder por nós. Peçamos a Maria Santíssima, ela que estava junto aos discípulos do seu Filho na primeira comunidade, que nos auxilie a sermos fieis e a ter sempre coragem de anunciar Jesus. Maria Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém.


Roma, 20 de maio, 7° Domingo da Páscoa, do ano do Senhor de 2012



Acival Vidal de Oliveira
Diocese de Estancia-Se
Brasil


sexta-feira, 18 de maio de 2012

A novena de Pentecostes

A novena é uma devoção de oração privada ou pública, praticada com a finalidade de obter alguma graça ou intenção especial. Como o próprio nome indica, são nove dias de oração intensa. A finalidade da novena de Pentecostes é alcançar agraça de renovar o poder do Espírito Santo na Igreja, na paróquia ou na vida pessoal. Por isso, é necessário humildade, confiança e perseverança.

A novena de Pentecostes começa na sexta-feira precedente à solenidade da Ascensão do Senhor, ou em qualquer tempo do ano para pedir a renovação do Espírito Santo ou alguma graça especial.

A Igreja recomenda que os exercícios de piedade e devoção estejam sempre ligados à vida sacramental. Por isso, durante a novena, demonstrando o desejo de uma união mais forte e íntima com Jesus, é necessário purificar o coração por meio (la confissão; se possível, esforçar-se para participar da missa diariamente e comungar. A Eucaristia é um encontro com Aquele que batiza no Espírito Santo, pois ai esta o Cristo vivo. Ao distribuir a comunhão, Santo Efrém dizia:

"Recebe o Corpo de Cristo e o fogo do Espírito". E recomendavel, se possível, quando se faz a novena individualmente ou em grupo, recitá-la diante do Santíssimo Sacramento, o que nao iinpede que seja feita em casa ou em qualquer outro lugar

 

DO DIA 17/05 ATÉ  25/05 NOVENA D PENTENCOSTES!

ORG: RCC DA PAROQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE!!!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Convicção do chamado e responsabilidade da missão



"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi a vós e vos constituí para que vades e produzais frutos, e o vosso fruto permaneça" (Jo 15,16).


Precisamos ter bem nítida em nossa mente a certeza de que o Senhor nos colocou em posição de destaque e de grande responsabilidade diante de Seu povo. Para isso, basta nos lembrarmos rapidamente de toda a história da salvação e de toda a iniciativa do Senhor, para que Ele, movido por imenso amor e misericórdia, traga para Si as pessoas tantas vezes ingratas, desobedientes e infiéis.

Depois de Jesus Cristo e em Jesus Cristo, o Pai confiou a nós o anúncio da Boa Nova. É por este motivo que nos deu o Seu Espírito Santo e espera uma resposta positiva e eficaz.

Já encontrei irmãos que não se deixavam guiar por Deus em seu ministério por causa de seus pecados e suas imperfeições, algumas vezes, por uma grande carga de acusação, e outras, por seus traumas e complexos. De nada adiantam nossa eleição e a confiança que o Senhor tem em nós se não vencemos esses obstáculos e, com toda alegria e esperança, nos lançamos em Seu serviço.

Pare um pouco e pense: Deus erra? Em algum momento da história o Senhor cometeu erros? Então, será que sua eleição foi o primeiro "erro" d'Ele? Claro que não, meu querido irmão. Você é mais um acerto, um "gol" de Deus. Ele o conhece, deu-lhe dons e talentos, e agora lhe dá o privilégio e a graça de colocá-los a serviço de Sua Igreja.

Claro que você tem imperfeições e pecados, mas coragem! Jesus é o Cordeiro que tira todo o pecado do mundo. Seu pecado não é maior do que o poder e a graça de Deus. Se Ele o escolheu, também o capacitou. Acreditamos que o chamado d'Ele é capacitante.

Reze com esta passagem bíblica:
"Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força" (II Cor 12,9).




sábado, 12 de maio de 2012

Feliz dia das MÃES

Toda mãe traz os traços de Maria

  o amor materno é capaz de apoiar os filhos
Ser mãe vem ao encontro da plenitude do ser feminino. Toda mulher é chamada a gerar um novo ser humano, seja física ou espiritualmente. Com Maria, Mãe de Jesus, também foi assim. Ela foi escolhida por Deus para uma gravidez incomum, em que o fruto de seu ventre traria a vida eterna para toda a humanidade. Para isso Nossa Senhora contou com auxílio do Céu, nasceu imaculada, para o propósito divino de ser geradora do Salvador, mas o Pai dotou-a de virtudes naturais que são inerentes ao ser mulher e que, na maior parte dos acontecimentos de sua vida, ela dispôs do que lhe era humano para que o plano do Altíssimo acontecesse.

Desde a Anunciação, em que ela abre mão de seus planos de constituir uma família, até o Pentecostes, evento em que ela está firme e perseverante na oração junto aos apóstolos, o ministério de Jesus é marcado pela presença dela.

Como então separar Maria do ministério do Cristo?

É nesse caminhar junto, dispondo da energia natural ao que é vontade de Deus, que acontece a maternidade espiritual. Ser mãe é ser Maria na vida dos filhos, que não apenas os traz ao mundo, mas os encaminha para sua missão, indicando o que é nobre, justo e verdadeiro.

O amor do coração materno as impulsiona a estarem sempre presentes na vida dos filhos, não somente de forma física ou tomando-os como propriedades, mas vislumbrando na maternidade de Maria, como educar para o crescimento em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e diante dos homens.

O grande milagre da vida realiza-se quando o sopro amoroso da existência, vindo de Deus, perpassa o ser de alguém que se desfaz de si para elevar o pequeno e indefeso até a grandiosidade de sua missão neste mundo.

Se foi tão importante para Nosso Salvador Jesus Cristo ter a presença materna até a vinda do Espírito Santo é porque o amor materno é capaz de apoiar os filhos de forma extraordinária na realização de um desígnio de vida.


Obrigado a todas as mães por serem Maria em nossas vidas!


Um feliz Dia das Mães

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Perseverar é preciso


Os homens que fizeram história não desistiram no meio do caminho


Quando o assunto é perseverança, lembro-me de algumas lições que aprendi quando ainda era criança. Como morava em sítio distante da cidade, costumava caminhar muito e era normal fazer até viagens mais longas a pé. Por isso, era preciso sair de casa bem cedo para evitar o sol forte durante a caminhada. Recordo-me, por exemplo, de quando iámos em família visitar minha avó.

Tudo era festa, eu e minhas irmãs, também crianças, vivíamos com expectativa a preparação para essa viagem que tinha sempre data marcada com antecedência. Junto com a nossa mãe, pensávamos em tudo, inclusive nas coisas gostosas que iríamos comer, nos primos que nos esperavam para brincarmos juntos, etc.

Ainda sinto o cheiro do orvalho daquelas manhãs de verão, os primeiros raios do sol nos enchiam de força e alegria para começar a viagem. Mas o interessante é que a empolgação, que trazíamos no início do trajeto, aos poucos ia se desvanecendo e logo começavam a aparecer os primeiros sinais de desânimo. Lembro-me de que nos segurávamos ao máximo para não começar a reclamar do cansaço, mas, quando uma falava, as outras seguiam suas queixas que, em geral, eram relacionadas à distância, à demora e a tantas outras justificativas que apresentávamos como razão para desistirmos da viagem. Nessas horas minha mãe, com sua simplicidade e pedagogia própria da maternidade, nos dava lições de perseverança.
Geralmente nos sugeria uma pausa na qual nos alimentava, nos dava água e nos motivava, fazendo-nos lembrar que nossa avó já estava diante da porta da casa à nossa espera, que ela tinha feito várias coisas para nós. Dessa forma, ela nos ajudava a perceber que, afinal, já não estávamos assim tão distantes, pois já havíamos caminhado até ali. Regressar seria também cansativo e não nos traria felicidade. As palavras dela eram como injeção de ânimo para nós. Recomeçávamos a viagem animadas e, quase sem perceber, íamos nos apoiando na esperança que acabara de ser semeada em nossos corações.

Nestes dias, em meio às lutas próprias da missão, tenho pedido a Deus a graça da perseverança e Ele me fez lembrar das lições de minha mãe, além de acrescentar algumas outras... Perseverar é preciso, principalmente na vida cristã!

Já é de nosso conhecimento que o fracasso na vida de muitas pessoas deve-se ao fato de começarem seus projetos e não os terminarem, ou seja: falta de perseverança. Os homens que fizeram história e realizaram sonhos são os que não se renderam ao desânimo no meio do caminho, mas seguiram até o fim, mesmo cansados. Podemos recorder, por exemplo, Thomas Edson, que, segundo a história, tornou-se, depois de inúmeras tentativas fracassadas, o criador da lâmpada elétrica para o bem da humanidade. Outro exemplo bem próximo de nós é o do monsenhor Jonas Abib, quantas vezes ele sofreu o peso da responsabidade e até mesmo foi aconselhado a parar com relação à fundação da Canção Nova. Já pensou se ele não tivesse perseverado? E não faltam exemplos de perseverantes vencedores; que diga o testemunho dos santos.

É certo que nossa vida é uma viagem passageira por este mundo e o destino é a Casa, não da avó, mas do Pai Eterno, que desde sempre nos ama e está à nossa espera. Por isso é preciso nos conservar firmes e constantes nos propósitos que nos conduzem aos ideais; e no caso da vida cristã: que nos conduzem à vontade de Deus.

O cansaço, às vezes, nos assola, o “sol forte” dos acontecimentos pode nos tirar as forças. Muitas vezes, precisamos até parar um pouco para nos recompor e reencontrar as inspirações iniciais para que possamos seguir em frente, mas sem voltar atrás. Como explicava minha mãe: desistir também tem seu preço e não nos traz felicidade.

Que hoje seja um dia de retomada em nossa caminhada em todos os aspectos de nossa vida! A Palavra do Senhor, que partilho com você neste sentido, é um conselho do apóstolo Paulo para a comunidade de Coríntios:

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão" (I Cor 15, 58).
Fonte: Formações Canção Nova
Por: Renato Alves - ministro da comunicação

domingo, 6 de maio de 2012

V Domingo da Páscoa


Caríssimos irmãos,


No Evangelho que meditamos neste domingo, o Senhor se coloca como a verdadeira videira e nós como seus ramos, “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor” (Jo. 15, 1). O convite que Cristo nos faz neste dia é o de permanecer em seu amor, isto é, unido a Ele, tronco vivo que possibilita-nos uma vida frutuosa. É esta união ao Senhor que nos torna aptos para produzir frutos, “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira” (Jo. 15, 4). De fato, se somos ramos e estamos destacados da videira, do tronco não seremos capazes de produzir frutos ou ao menos sobreviver. A nossa vida de fé deve ser alimentada pela “seiva” do amor de Cristo Jesus verdadeira videira. “Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos” (Jo. 15, 4-5).
Santo Agostinho interpreta esta passagem do Evangelho de São João, que fala da videira e dos ramos, como a união que existe entre Cristo e a Igreja. Assim como o tronco e os ramos da videira torna-se uma só coisa, isto é, uma só árvore, Cristo (cabeça) e a Igreja seu corpo torna-se uma “coisa” só. Não se pode conceber uma Igreja sem Cristo ou um Cristão (membro do corpo de Cristo) distante da Igreja e de Cristo cabeça. É preciso que exista uma união entre Cristo (cabeça da Igreja e tronco da videira) e nós que fazemos parte da sua Igreja (membros do corpo, os ramos). Esta interpretação é maravilhosa, ressalta a união que se deve haver entre os cristãos, Cristo e a Igreja. É só assim que produziremos muitos frutos em meio à sociedade.
Atualmente, deparamo-nos com cristãos cansados, desencorajados e descrentes dessa união entre os fieis que formam a Igreja. Esta situação leva muitos membros da Igreja de Jesus a abandonar seus atos de piedade ou de frequentar as celebrações litúrgicas e a vida comunitária. As palavras de Cristo Jesus devem ressoar mais forte do que nossas decepções e sentimentos. O fato de alguns dos membros (ramos) não produzirem frutos, não nos dar o direito de afastar-nos de Cristo e sua Igreja, porque se fizermos dessa forma, também destacamo-nos da videira que é Cristo, “Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo” (Jo. 15, 5-6). É necessário estarmos unidos a Jesus para que a nossa vida seja um verdadeiro ato de louvor a Deus e assim produza frutos de amor que transforma, perdoa e fortalece os outros irmãos que encontramos no caminho, “Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos” (Jo. 15, 8). O segredo para realizar estas coisas é esta junto a Cristo, com os olhos fixos no seu Sagrado Coração. Desta forma, nada nem ninguém poderá afastar-nos de uma vida santa (unida à videira que é Cristo) e frutuosa.
Na segunda leitura deste dia, São João nos exorta a ter uma confiança inabalável em Deus. Se cumprirmos seus mandamentos, isto é, fazermos sua vontade nos será dado tudo aquilo que precisamos “Caríssimos, temos confiança diante de Deus, e tudo o que lhe pedirmos, receberemos dele porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável a seus olhos” (1Jo. 3, 21-22). O Senhor nos conhece e sabe do que necessitamos, estar sempre disposto a dar-nos aquilo que nos fará cresce na vida de santidade. É seguindo a sua Palavra que mantemo-nos unidos à videira. É fazendo a sua vontade, seguindo os ensinamentos do seu Filho Jesus que seremos ramos que produzem bons frutos, “Eis o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, como ele nos mandou. Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele.” (1Jo 3, 23-24). O amor é o motor que impulsionar o homem a fazer o bem e agir conforme a vontade de Deus, pois Deus é amor e se estamos unidos a Ele, nossos atos nada mais é do que um reflexo deste amor que age em nós.
Diante de tantas crises de fé e de contra testemunho corremos o risco de deixar-nos levar pela desilusão e afastar-nos da videira que é Cristo. Não podemos deixar que alguns ramos, que já estão secos, interfiram na nossa união e intimidade com Cristo. Ao contrário, devemos mostrar-nos fortes e mais unidos para que nossos frutos saciem a fome de Deus que tem a nossa sociedade. É com nossa vida que daremos ao mundo o testemunho de que Deus estar conosco e com Ele podemos fazer maravilhas. O brilho das nossas folhas deve atrair mais que o mau exemplo daqueles ramos que se deligaram do tronco. É preciso por meio de nossos atos, gritar ao mundo que podemos viver santamente, resplandecendo na nossa vida a luz do Cristo. É Ele a nossa força, nosso alimento e sem Ele não produziremos fruto algum, O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira... Eu sou a videira; vós, os ramos. Uma sociedade sem Deus é uma sociedade seca, sem vida, sem nenhuma serventia. É preciso atacar-nos a Cristo para poder florescer e produzir os frutos da justiça e do amor.
Caríssimos! Em Cristo somos filhos amados de Deus, fazemos parte do seu Corpo Místico, isto é, a Igreja. Devemos cultivar a vida de santidade que já a temos em Cristo. Quando nos afastamos de Jesus e do seu corpo (a Igreja), nos distanciamos da graça e do Céu. Deus quer que sejamos santos, para isso enviou seu Filho, para que todos os que crerem nele não pereça, mas tenham a vida eterna. É seguindo o exemplo de Cristo que seremos santos; sendo pobres de espírito, mansos, humildes e misericordiosos que alcançaremos o Reino dos Céus. “Quem me segue não anda nas trevas, diz o Senhor” (Jo 8,12). Sabemos que sozinhos, por nossas próprias forças, não podemos praticar perfeitamente estas virtudes, já que somos humanos e débeis. Contudo, com a força da graça de Deus que age em nós podemos tornar possível tudo o que aos olhos humanos é impossível. Peçamos então a Deus nosso Pai, “Sanctus Sanctorum” (o Santo dos santos) que nos mostre como podemos permanecer unidos a seu Filho verdadeira videira e trilharmos passo a passo o caminho que nos leva ao seu Coração. Que Maria Santíssima, que sempre fez a vontade de Deus e que com seu Fiat nos deu Cristo Jesus, possa interceder junto a seu Filho por nós e ajude-nos nesta caminhada. Maria Mãe de Deus e nossa, rogai por nós. Amém.


Roma, 06 de maio, 5° Domingo da Páscoa, do ano do Senhor de 2012



Acival Vidal de Oliveira
Diocese de Estancia-Se
Brasil