domingo, 11 de março de 2012

III- Domingo da Quaresma

“Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”
(Jo. 2, 16)

Amados irmãos,

No Evangelho deste domingo nos encontramos com Jesus que expulsa os vendedores do Templo, “Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas.” (Jo. 2, 15). João nesta passagem do seu Evangelho nos mostra duas coisas: a primeira delas é que, Jesus não suporta ver o Templo, local reservado para a oração e encontro com Deus, ser transformado em uma verdadeira área de comercio, “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” (Jo. 2, 16). Onde cambista aproveitam-se dos peregrinos para tirar proveito. A segunda é o anuncio da sua Paixão, “Destruí, este Templo,” (Jo. 2, 19). São João apresenta o discurso de Jesus sempre com palavras que vai além do significado natural. Utiliza uma linguagem literária, onde as palavras têm um segundo significado ou um significado que vai além daquele comum. Assim, Cristo ao falar da destruição do Templo, refere-se ao templo do seu corpo, que em três dias seria reerguido, isto é, ressuscitado, e em três dias o levantarei. É o próprio João que vai dizer, “Jesus estava falando do Templo do seu corpo” (Jo. 2, 21).
É o amor ao Pai que o impulsiona a Cristo ter um respeito e zelo pela casa que era reservada ao encontro com o Senhor. A lei, os mandamentos consistem no amor de Deus que indica ao homem como viver bem e assim chegar um dia a morada eterna. Ao homem cabe apenas responder a este amor por meio da fé, que é uma adesão confiante a Deus e na pratica dos seus ensinamentos. É isso que nos mostra o livro do Êxodo, que lemos na primeira leitura de hoje, “Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de minha face. Um Deus zeloso, que usa de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Cf. Ex. 20, 1-6).
Caríssimos! Peçamos a Deus a força necessária para sempre seguir os seus ensinamentos e deixar sempre em nosso coração um espaço onde possamos encontra-lo. Não façamos do templo do Senhor, isto é, o nosso corpo que é morada do Espirito Santo, um lugar de venda, um posto de cambista. Que nossa vida seja um verdadeiro templo santo onde os nossos irmãos possa se aproximar e sentir a presença do Nosso Deus e Senhor. Peçamos a Maria santíssima que venha ao nosso auxilio nesta longa caminhada da vida. Maria Mãe dos viajantes, rogai por nós. Amém.

Roma, 11 de março, 3° Domingo da Quaresma, do ano do Senhor de 2012.

Seminarista Acival Vidal de Oliveira
Diocese da Estância – SE/Brasil

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